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MEMÓRIA
Vice sempre fez críticas à política econômica de Lula
DA REDAÇÃO
O vice-presidente José Alencar começou a criticar a política
econômica em abril do ano
passado. "O Brasil está encabrestado com essa taxa de juros
despropositada", declarou.
O vice intensificou suas críticas em maio: "Agora a inflação
está domada. Então é um despropósito esse juro".
Segundo Alencar, a taxa de
juros de 26,5% ao ano fazia o
país jogar "R$ 80 bilhões pela
janela". E acrescentou: "É por
isso que todo o sistema financeiro está aplaudindo a política
[do Banco Central]. Isso não
pode continuar".
Em junho, Alencar argumentou que o BC errava no diagnóstico da inflação: "As taxas
de juros praticadas para combater a inflação são um equívoco, porque a inflação não é de
demanda, é de custo". De acordo com ele, "isso mata a economia". "É o que tenho dito como
cidadão brasileiro, como ex-empresário, como vice-presidente da República, como um
indignado com o que está
acontecendo no país".
Em agosto, o vice-presidente
fez uma previsão: "O ano está
perdido. Nós já perdemos duas
décadas [80 e 90] e temos de
dar um jeito". A economia brasileira encolheu 0,2% no primeiro ano do governo Lula.
Em dezembro, ele afirmou
que a taxa de juros real deveria
ficar em 3% ao ano, como nos
países desenvolvidos.
Apesar de ter feito cortes no
Orçamento, reduzido os investimentos e conseguido um superávit entre receitas e despesas maior do que o acertado com o Fundo Monetário Internacional, o Brasil acabou o ano
de 2003 com uma dívida pública R$ 32 bilhões maior (58,2%
do Produto Interno Bruto).
Em março deste ano, apontou a inutilidade desse esforço
fiscal: "O superávit primário
não cobre o déficit provocado
pelos juros, que são seis vezes
maiores que a média mundial".
No mês passado, ele acionou
as duas principais centrais sindicais (Força Sindical e CUT)
para criar uma mobilização nacional pela mudança da política econômica do governo.
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