DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O Mercosul e o CGC (Conselho de Cooperação do Golfo) assinaram ontem acordo de parceria comercial. O documento é uma espécie de carta de intenções com as regras que nortearão as trocas econômicas dos dois blocos.
O próximo passo, sem data definida, é a criação de lista de produtos que receberão preferências tarifárias. A última etapa é a criação de uma zona de livre comércio.
Ao mesmo tempo em que o governo brasileiro comemorava, um alto funcionário da Argentina defendia a revisão conceitual do bloco sul-americano. "É preciso ter um aprofundamento do Mercosul, maior grau de institucionalização com prioridades maiores nas questões produtivas e não apenas comerciais", disse Eduardo Sical, subsecretário de Integração Econômica da Argentina.
Para Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, o acordo "é extremamente importante e, por si só, já seria justificativa suficiente para haver a cúpula".
Em nota oficial, o CGC também saudou o acordo. "Esperamos ansiosamente pela visita da delegação do Mercosul no secretariado do conselho em Riad [capital da Arábia Saudita] num futuro próximo para lançar os trabalhos necessários para implementar o acordo", diz trecho. O Conselho de Cooperação dos Países do Golfo reúne Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuait, Oman e Bahrein. (CÍNTIA CARDOSO)


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