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Sessão começa tensa e acaba amena
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O depoimento de Silvio Pereira
começou tenso, com bate-boca
entre os senadores e plantão médico na CPI, mas arrefeceu após o
segundo intervalo. O ex-secretário do PT deixou a sala cambaleante, apoiando-se no presidente
da CPI dos Bingos, Efraim Morais
(PFL-PB), mas voltou melhor,
munido de um frasco verde.
Silvio chegou à CPI cabisbaixo,
falando em voz baixa e com um
curativo na mão esquerda. Na
abertura da sessão, Efraim leu trecho do laudo encaminhado pelo
ex-petista no qual dizia que estava
sofrendo de estresse e depressão.
O quadro de Silvio foi alvo de
uma série de perguntas. Abatido,
disse que tomou medicamentos
durante a crise do mensalão e rebateu as insinuações de que teria
se automedicado no intervalo da
sessão: "É suco de limão!", disse,
referindo-se ao frasco que levava.
Durante a sessão, só bebeu café.
O Senado destacou uma junta
médica para monitorar Silvio,
mas este dispensou o exame. À
distância, o psiquiatra José Mário
Simil avaliou: "Ele parece bem,
não vejo nada de anormal".
O ex-petista foi alvo de ironias
sobre sua perda de memória: foi
perguntado se era "doido", se sofria de amnésia ou de mal de Alzheimer. Recusou-se a responder,
mas discorreu sobre seu "auto-isolamento" após ter deixado o
PT e o arrependimento por ter
aceito uma Land Rover de presente. Disse ter devolvido o carro.
O ex-secretário do PT irritou a
oposição ao recusar-se a assinar
um termo de compromisso de
que falaria a verdade. A negativa
gerou um bate-boca entre Efraim
e a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC). Efraim também se
exaltou diante das afirmações de
Silvio que não sabia distinguir o
que era fato do que era fantasia:
"O sr. acha que somos bestas?"
No final da sessão, num clima
mais ameno, Efraim provocou risos ao anunciar o lançamento do
livro do senador Eduardo Suplicy
(PT-SP) sobre "Renda Mínima".
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