São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997.



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Na escola, bonitão e estudioso; casou com "princesa" judia depois de namorar miss Brasil
Empresário evita mundanismo

JOYCE PASCOWITCH
Colunista da Folha

Agora sim Benjamin Steinbruch virou uma espécie de "cyber man", o poder em ação, "he-man" das elites. Mas quem o visse há uns 30 anos, quando ele tinha 13 e circulava com um bando de colegas no pátio do Colégio Rio Branco -do qual fazia parte, entre outros rapazes e garotas de fino trato, Antonio Ermírio de Moraes Filho, o júnior do que viria a ser seu maior concorrente no leilão da Vale do Rio Doce- jamais imaginaria que aquilo daria nisso.
Bonitão, namorador na medida, estudioso "pero no mucho". Festas, jogos de futebol e tudo aquilo que fazia a época. Típico adolescente de família judaica, nada indicava que o garoto chegaria tão lá: nunca demonstrou especial apreço por flashes ou qualquer tipo de vitrine, nem aquela famosa mania de grandeza, nada disso. Tudo sempre muito discreto, muito família. Depois da faculdade, hora de casar. Alguns namoros antes -de uma lista que incluiu uma ex-miss Brasil, Martha Jussara- e pumba, casamento com uma "princesa" tão judia quanto ele. Bonita, 18 anos mais moça, Carolina Justus segura bem o tranco. Três filhos aos 25 anos, ela sabe seu papel: tudo muito discreto, sem frescuras. Jantares para 30 poderosos? Isso é com ela mesmo, pim-pam-pum e o "château" que a família ocupa em Cidade Jardim, meio bunker, está pronto para as conversas mais sigilosas. Enquanto ela cuida da casa, filhos, e dela mesma, ele voa todos os dias para o Rio, vai e volta -sempre morrendo de medo de andar de avião. De carreira, que fique bem claro.
Anda de carro blindado e uma vez, com um revólver grudado em seu vidro a caminho de casa, ele manteve o sangue frio -acelerou e foi embora. O ladrão é que não entendeu nada.
Um almoço caseiro no apartamento de Ruth Cardoso em São Paulo, junto com o primeiro filho Paulo Henrique, seu ex-funcionário na CSN, atual na Light, muda raramente a rotina de trabalho.
Prazeres outros, só raras partidas de tênis -em casa, com amigos e família. Nada de mundanismos ou excentricidades: uma estréia de teatro -tipo um dos espetáculos estrelados pelo empresário José Maurício Machline, por exemplo- e um casamento na casa de Naji Nahas acontecem só de vez em quando. O resto é muito trabalho, família e nada de rock'n'roll.



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