São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2004

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PAINEL

Vela acesa
A tropa de Aldo Rebelo reconhece que são poderosas as forças empenhadas em ejetá-lo da Coordenação Política. Mas acredita que Lula, ao menos por ora, não se decidiu a atendê-las.

Nome e sobrenome
No Congresso, há quem atribua a pressão pela queda de Aldo menos ao PT como um todo e mais a um de seus líderes em particular: João Paulo Cunha. O presidente da Câmara não engoliu a sociedade entre o ministro e Renan Calheiros no naufrágio da emenda da reeleição.

Espírito envenenado
A despeito de versões em contrário, José Dirceu está convencido de que partiram de Aldo e/ ou de forças leais ao ministro alguns dos comentários depreciativos sobre o chefe da Casa Civil embutidos na recente fornada de reportagens pró-Palocci.

Quero mais
Depois do beijo de novela em Eduardo Suplicy, Heloísa Helena avisou que fará o mesmo com Chico Buarque caso o compositor aceite o convite para evento na Câmara a respeito de um livro em sua homenagem.

Radical segmentado
Petistas rebatizaram a sigla criada pelos ex-companheiros Heloísa Helena, Luciana Genro e Babá. PSOL, segundo a piada, quer dizer "Partido dos Servidores que Odeiam o Lula".

Pedra no caminho
Cálculo preliminar indica que a indicação de Luiz Otávio (PMDB-PA) para o TCU encontrará resistência na Câmara, à diferença do que ocorreu no Senado. Apadrinhado por Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador aguarda julgamento no STF por desvio de recursos públicos.

Os sem-sala
Há hoje cerca de 70 comissões, entre permanentes e especiais, em funcionamento na Câmara. Na terça, a de reforma tributária não conseguiu se reunir no horário marcado. Uma outra havia chegado antes e ocupado a sala.

Pesos e medidas
Depois de vetar uma série de itens do projeto de reajuste dos professores, a Assembléia do Paraná analisa, com a discrição possível, aumentar de R$ 5.400 para R$ 14 mil os salários dos secretários de Roberto Requião.

Língua presa
Pré-candidata do PT à revelia da cúpula partidária, Luizianne Lins não poderá criticar o governo Lula na campanha pela Prefeitura de Fortaleza. Comenta-se na cidade que a resolução do comando estadual transformou a deputada da esquerda petista no ventríloquo desta eleição.

Crueldade feminina
Roberto Jefferson aceitou dar uma semana para Marta Suplicy analisar a hipótese de ter um vice do PTB. O deputado, porém, lembra que não levou nem um dia até dizer sim à petista quando ela, ainda na Câmara, pediu-lhe que relatasse seu projeto de união civil dos homossexuais.

Arca de Noé
Com seus respectivos candidatos, PT e PL enfrentarão sozinhos em São Vicente, no litoral paulista, coligação de mais de 20 partidos liderada pelo PSB. A aliança, na qual cabem PP e PC do B, foi costurada pelo prefeito Márcio França, que tentará eleger seu auxiliar Tércio Garcia.

Todos de castigo
Com dois petistas em disputa pela indicação no Guarujá, o diretório estadual resolveu que, por falta de harmonia interna, o partido não lançará candidato próprio à prefeitura da cidade. O PT da Baixada Santista recorreu à Executiva Nacional na tentativa de reverter a decisão.

Veja bem
Na visita que fará hoje a São José do Rio Preto, Alckmin pedirá ao líder dos tucanos na Assembléia, Vaz de Lima, que pense com carinho na hipótese de disputar a prefeitura local.

TIROTEIO

Do deputado tucano Luiz Carlos Hauly (PR), sobre o fato de o governo federal ter lançado duas vezes o mesmo programa, Luz para Todos:
-É caso de acionar o Procon, porque o prazo de validade está vencido. Além do mais, duas vezes zero é igual a zero.

CONTRAPONTO

Cortina de fumaça

Durante a votação da medida provisória do salário mínimo, na semana passada, deputados petistas tiveram de assumir a defesa dos R$ 260,00 definidos pelo governo contra os R$ 275,00 bancados por PFL e PSDB.
Históricos defensores da elevação do poder de compra do mínimo quando na oposição, os parlamentares do PT, apoiados por colegas de partidos aliados, evocaram estudos diversos em busca de argumentos.
-Baseado em estudo da Previdência, posso afirmar que os municípios não suportarão outro valor-, disse um deles.
-Baseado em balanço do Planalto, digo que as contas públicas não permitem um reajuste maior-, emendou outro.
Foram tantas as "bases" que o líder da minoria, José Thomaz Nonô (PFL-AL), não agüentou:
-É tanto baseado nesta Casa que eu não estou entendendo mais nada por aqui!


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