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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Na TV, Alckmin leva 30 segundos a mais
Com coligação PSDB-PFL e PT-PSB-PCdoB, tucano e petista têm mais de 17 de 25 minutos de cada bloco de propaganda
Com esse quadro, Alckmin terá quase 9 minutos e Lula, 8min e 30s; vantagem de tucano cresce se PDT e Prona desistirem de candidatura
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os arranjos eleitorais a serem selados até o final do mês
-período das convenções partidárias- deverão resultar em
vantagem de menos de 30 segundos ao candidato tucano
Geraldo Alckmin em relação ao
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em cada bloco da propaganda na televisão e no rádio.
A Folha simulou o rateio do
tempo de propaganda levando
em conta duas coligações em
torno de Alckmin (PSDB-PFL)
e Lula (PT-PSB-PCdoB) e o
lançamento de outros seis candidatos por partidos pequenos.
O resultado é que os dois principais adversários terão, juntos, mais de 17 dos 25 minutos
de cada bloco de propaganda.
Se esse quadro se mantiver
depois do dia 30 de junho,
Alckmin terá pouco menos de 9
minutos. Lula, quase 8 minutos
e 30 segundos por bloco. A diferença pode aumentar a favor
do tucano se PDT e Prona desistirem de lançar Cristovam
Buarque (DF) e Enéas Carneiro. Uma adesão do PPS ao tucano também daria mais tempo.
Se esses dois pré-candidatos
tiverem a candidatura confirmada, ambos terão mais tempo
de propaganda que a senadora
Heloísa Helena (PSOL-AL).
Conta no rateio do tempo o número de deputados de cada
partido no início da atual legislatura, em fevereiro de 2003.
Então, o PSOL nem existia.
Moeda de troca
O tempo de propaganda eleitoral gratuita é a grande moeda
da fase dos arranjos eleitorais.
A perspectiva de o PMDB não
lançar candidato nem apoiar
formalmente nenhum dos dois
principais adversários ao Planalto tem peso considerável na
contabilidade do tempo de propaganda. Caso se coliguem ao
PT ou ao PSDB, os peemedebistas garantiriam ao aliado cerca
de 3 minutos adicionais em cada bloco, 6 por dia ou 18 minutos a mais por semana.
A propaganda gratuita irá ao
ar nos 45 dias que antecedem a
antevéspera da eleição. A propaganda dos candidatos à Presidência da República irá ao ar
às terças e quintas e aos sábados, sempre em dois blocos diários e em horários nobres: com
início às 7h e 12h, no rádio, e
13h e 20h30 na televisão.
A lei eleitoral usa dois critérios para dividir o tempo. Um
terço do horário é dividido
igualmente entre os candidatos. Os outros dois terços são
divididos conforme o número
de representantes dos partidos
ou coligações na Câmara no início da atual legislatura.
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