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Tarso descarta intervenção da União no RS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE
O ministro Tarso Genro
(Justiça) disse ontem que a
União não irá intervir no Rio
Grande do Sul, apesar de considerar a crise política no governo Yeda Crusius (PSDB) grave.
Segundo ele, o RS passa por
"instabilidade política grande",
mas está sob controle das instituições locais. "Não é caso de
intervenção federal. As instituições do Estado estão funcionando normalmente, o processamento político compete aos
partidos localmente", disse.
Nos últimos dias, integrantes
do governo gaúcho foram alvo
de denúncias de desvios de recursos de estatais.
Diante das acusações, o
PSDB nacional blindou Yeda.
Líder do PSDB na Câmara, o
deputado José Aníbal (SP) acusou Tarso de usar politicamente a Polícia Federal. "Tenho observado o ministro e vejo que
conspira contra Yeda, usando
até a PF para prejudicá-la."
O Ministério da Justiça informou que a PF agiu dentro da
legalidade necessária e sem
motivação política.
O senador Álvaro Dias
(PSDB-PR) disse que Yeda fez o
que podia, demitindo secretários supostamente envolvidos.
Ele considerou que os problemas entre ela e o vice-governador do RS, Paulo Afonso Feijó
(DEM), que gravou conversa
com o então chefe da Casa Civil
Cézar Busatto em que afirma
que partidos financiaram campanhas por meio de estatais,
poderão influenciar na relação
dos partidos nacionalmente.
"Vejo ainda como problema
isolado, assim como divergências entre os dois partidos nas
eleições municipais. Mas isso
pode ter reflexos para 2010."
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