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RUMO ÀS ELEIÇÕES
John Taylor, assessor do secretário do Tesouro dos EUA, diz que PT mostra que, se eleito, alterará pouco a economia
Lula não será "tão diferente", dizem EUA
DA REDAÇÃO
John Taylor, alto funcionário
do governo americano e assessor
do secretário do Tesouro dos
EUA, Paul O'Neill, tentou reduzir
ontem os temores do mercado financeiro em relação às perspectivas de mudança na política econômica de um eventual governo
petista no Brasil, com Luiz Inácio
Lula da Silva.
Subsecretário para Assuntos Internacionais, Taylor afirmou que
"Lula tem demonstrado que sua
práticas [econômicas" não serão
tão diferentes [das atuais", como
algumas pessoas pensam".
Durante entrevista coletiva na
Embaixada dos EUA em Paris,
Taylor relembrou que Lula, em
suas propostas econômicas, assumiu o compromisso da manutenção do superávit primário, fato
considerado "positivo" pelo subsecretário. Apesar da avaliação
positiva em relação às propostas
de Lula, o subsecretário afirmou
que "não surpreende o fato de haver incertezas sobre as eleições"
de outubro no Brasil.
Taylor é o principal consultor
do secretário do Tesouro dos
EUA, Paul O'Neill, para economia
internacional. No mês passado,
declarações do secretário sobre o
Brasil provocaram turbulência
entre investidores internacionais.
Na manhã do último dia 21,
O'Neill afirmara que seria contrário à concessão de mais créditos
do Fundo Monetário Internacional ao Brasil, considerando que as
recentes dificuldades econômicas
do país têm origem política.
"Jogar o dinheiro do contribuinte dos EUA na incerteza política do Brasil não me parece ser
[uma idéia" brilhante", havia declarado o secretário do Tesouro,
acrescentando não ver "um antídoto econômico" para o nervosismo do mercado em relação à eleição presidencial e à liderança de
Lula nas pesquisas.
Naquele mesmo dia, mais tarde,
O'Neill divulgou nota para "esclarecer" seus comentários matutinos. Afirmou que o Brasil é um
"parceiro regional e global crucial
para os EUA" e que o país "está
implementando políticas econômicas corretas".
"Por causa dessas políticas,
apoiamos o Brasil, inclusive em
seu programa atual com o FMI e
do desembolso de US$ 10 bilhões,
nesta semana, sob esse programa", disse O'Neill à época, em referência à liberação de recursos
pelo Fundo anunciada naquela
semana pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan.
Na mesma linha desses comentários de O'Neill, John Taylor reafirmou ontem que a atual política
econômica do governo brasileiro
é aprovada pelos norte-americanos. "Os fundamentos [econômicos] são muito bons."
Com agências internacionais
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