São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 2002

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Liberais podem apoiar Aécio em MG

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Um dia após o PT nacional intervir em sua seção mineira, obrigando a coligação com o PL em todos os níveis, o PSDB confirmou ontem à Agência Folha que deputados liberais já começaram a abandonar a idéia da aliança.
Quatro deputados do PL-MG, segundo o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Danilo de Castro, estão bandeando para o lado do candidato tucano ao governo mineiro, Aécio Neves, líder na pesquisa Datafolha com 38% das intenções de voto, contra 29% de Newton Cardoso (PMDB).
"São deputados, uns quatro", disse Castro, que não quis revelar os nomes, mas afirmou que o PSDB está "tentando conversar com o maior número possível de deputados" liberais. O presidente regional do PL, deputado estadual Agostinho Silveira admitiu que pode estar havendo defecções, mas disse que esses deputados podem ser enquadrados no compromisso de fidelidade assinado nacionalmente pelo PT e PL.
"Se ficar provada qualquer infidelidade por parte de nossos candidatos, a [direção" nacional, junto com o PT, poderá pedir a remoção de qualquer candidatura."
O secretário-geral do PT mineiro, Paulo César Funghi, disse que o PT "tem certeza" de que vai haver defecções entre os liberais. "Estamos de olho nisso. Havendo provas, vamos denunciar."
O PT sempre desconfiou do real comprometimento do PL com a candidatura ao governo do deputado Nilmário Miranda (PT), que tem 4% no Datafolha. O PT até hoje não aceita o fato de o PL ter indicado para vice de Nilmário a ex-vereadora Danuza Bias Fortes, tida como inexpressiva eleitoralmente. Mas se mantém calado.
O clima entre PT e PL é ruim em Minas, apesar de ter sido o Estado que mais incentivou a aliança nacional entre os dois partidos por ser mineiro o senador José Alencar, o liberal indicado para vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Estado, PT e PL estavam acertados para se coligarem para o governo, Senado e Câmara Federal. O que causou a intervenção foi o fato de o PT não querer a coligação para deputado estadual.



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