São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 2006

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PMDB indicará nomes para atuar na campanha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em jantar ontem à noite com a ala governista do PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou uma estratégia para que o partido participe de sua campanha à reeleição, mesmo sem compor formalmente sua chapa.
De acordo com os senadores peemedebistas Romero Jucá (RR) e Ney Suassuna (PB), deve ser indicado ao menos um nome do partido por Estado para participar da campanha à reeleição de Lula.
O presidente, que no jantar disse estar pronto para comparar qualquer aspecto de seu governo com o das gestões anteriores e de adversários tucanos, municiará os peemedebistas aliados com dados a serem usados na campanha.
Foi firmado um pacto de não-agressão nos Estados em que o PT e o PMDB são adversários, que inclui o apoio no caso de disputa de segundo turno contra um terceiro partido.
Antes do jantar, Lula defendeu as indicações de políticos do partido para cargos nos Correios -estatal onde a corrupção acabou por desencadear maior crise do governo, após a divulgação de um vídeo no qual o ex-chefe de departamento Maurício Marinho recebia propina de R$ 3.000, em maio do ano passado.
Segundo Lula, "é mais do que justo" que o partido indique dirigentes da estatal subordinada ao Ministério das Comunicações, comandado pelo peemedebista Hélio Costa. "Se tiver algum problema [na estatal], o ministro tem a responsabilidade", afirmou o presidente.
"É essa a cultura política brasileira", completou Lula, sobre as indicações para cargos, depois de um almoço no Itamaraty. Na quinta-feira passada, Lula nomeou o presidente e três diretores dos Correios, todos indicados pelos governistas do PMDB.


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