São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2008

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Defesa diz que não teve acesso a documentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria do banco Opportunity informou ontem que a defesa do banqueiro Daniel Dantas não teve acesso ao pedido de reconsideração da prisão preventiva de Dantas, acolhido ontem pela Justiça Federal, nem aos documentos apreendidos no apartamento do banqueiro. Segundo a assessoria, o banco não comentaria a planilha e o bilhete apreendidos na casa de Dantas: "Precisamos ter conhecimento primeiro para depois rebater".
Em entrevista concedida na filial do banco Opportunity em São Paulo, o advogado Nélio Machado, que defende Dantas, disse que não teve acesso ao inquérito da Operação Satiagraha. A entrevista foi dada antes da segunda prisão do banqueiro.
Ele disse que Dantas é alvo "de tortura branca". "E essa forma de bisbilhotar de forma incessante a vida alheia também merece interpretação de acordo com princípios básicos da Constituição."
Sobre a tentativa de suborno aos policiais, Machado foi indagado se o banqueiro buscou "outras formas" de acesso ao inquérito da PF. "Não tenho notícias de nenhum procedimento do sr. Daniel Dantas que não fosse através de seus advogados, como eu."
O advogado negou que Dantas tenha relações com o ex-prefeito Celso Pitta e com o investidor Naji Nahas. Mas reconheceu que o banqueiro possa ter mantido contato com Nahas. "Nisso não se vislumbra nenhum tipo de ilicitude", afirmou.
Ontem à noite, ao deixar a PF, Machado afirmou que a nova prisão "representou a inobservância de ordem emanada pela Suprema Corte". Segundo ele, Dantas só deve prestar depoimento na tarde de hoje. O advogado também afirmou que recorrerá da prisão de seu cliente.


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