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Defesa diz que não teve acesso a documentos
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria do banco Opportunity informou ontem
que a defesa do banqueiro
Daniel Dantas não teve acesso ao pedido de reconsideração da prisão preventiva de
Dantas, acolhido ontem pela
Justiça Federal, nem aos documentos apreendidos no
apartamento do banqueiro.
Segundo a assessoria, o banco não comentaria a planilha
e o bilhete apreendidos na
casa de Dantas: "Precisamos
ter conhecimento primeiro
para depois rebater".
Em entrevista concedida
na filial do banco Opportunity em São Paulo, o advogado Nélio Machado, que defende Dantas, disse que não
teve acesso ao inquérito da
Operação Satiagraha. A entrevista foi dada antes da segunda prisão do banqueiro.
Ele disse que Dantas é alvo
"de tortura branca". "E essa
forma de bisbilhotar de forma incessante a vida alheia
também merece interpretação de acordo com princípios
básicos da Constituição."
Sobre a tentativa de suborno aos policiais, Machado foi
indagado se o banqueiro buscou "outras formas" de acesso ao inquérito da PF. "Não
tenho notícias de nenhum
procedimento do sr. Daniel
Dantas que não fosse através
de seus advogados, como eu."
O advogado negou que
Dantas tenha relações com o
ex-prefeito Celso Pitta e com
o investidor Naji Nahas. Mas
reconheceu que o banqueiro
possa ter mantido contato
com Nahas. "Nisso não se
vislumbra nenhum tipo de
ilicitude", afirmou.
Ontem à noite, ao deixar a
PF, Machado afirmou que a
nova prisão "representou a
inobservância de ordem
emanada pela Suprema Corte". Segundo ele, Dantas só
deve prestar depoimento na
tarde de hoje. O advogado
também afirmou que recorrerá da prisão de seu cliente.
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