São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2006

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Pressionado, Lando madruga, mas mantém lista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Foi uma madrugada de telefonemas, muitas xícaras de café, dúvidas e apreensões para o relator da CPI dos Sanguessugas, Amir Lando (PMDB-RO).
Pressionado pelos próprios colegas de CPI e por envolvidos na máfia das ambulâncias, Lando ainda tinha dúvidas sobre a lista de quais parlamentares seriam encaminhados para abertura de processo de cassação no Conselho de Ética quando o dia amanhecia. Só às 6h30 o relatório foi levado à gráfica para ser impresso. Lando manteve toda a equipe de assessores trabalhando na madrugada e mandou que desligassem os celulares.
"Eram cinco horas da manhã quando ele me telefonou desesperado dizendo que tinha dúvida sobre um nome. Respondi: "Pelo amor de Deus, a essa altura não dá para mudar mais'", contou o presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
E não mudou. Os 72 nomes que constaram no relatório foram definidos na noite de anteontem, após reunião numa sala da biblioteca do Senado.
Membros da CPI disseram que o relator foi pressionado todo o tempo. Sub-relator da CPI, o deputado Julio Delgado contou que o senador Ney Suassuna (PB) insistiu para não ter o nome na lista. "Ele fez uma verdadeira operação de guerra. Ligou para todo mundo da CPI", disse. (AC, RB e LS)


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