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Pressionado, Lando madruga, mas mantém lista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Foi uma madrugada de
telefonemas, muitas xícaras de café, dúvidas e
apreensões para o relator
da CPI dos Sanguessugas,
Amir Lando (PMDB-RO).
Pressionado pelos próprios colegas de CPI e por
envolvidos na máfia das
ambulâncias, Lando ainda
tinha dúvidas sobre a lista
de quais parlamentares
seriam encaminhados para abertura de processo de
cassação no Conselho de
Ética quando o dia amanhecia. Só às 6h30 o relatório foi levado à gráfica
para ser impresso. Lando
manteve toda a equipe de
assessores trabalhando na
madrugada e mandou que
desligassem os celulares.
"Eram cinco horas da
manhã quando ele me telefonou desesperado dizendo que tinha dúvida sobre um nome. Respondi:
"Pelo amor de Deus, a essa
altura não dá para mudar
mais'", contou o presidente da CPI, Antonio Carlos
Biscaia (PT-RJ).
E não mudou. Os 72 nomes que constaram no relatório foram definidos na
noite de anteontem, após
reunião numa sala da biblioteca do Senado.
Membros da CPI disseram que o relator foi pressionado todo o tempo.
Sub-relator da CPI, o deputado Julio Delgado contou que o senador Ney
Suassuna (PB) insistiu para não ter o nome na lista.
"Ele fez uma verdadeira
operação de guerra. Ligou
para todo mundo da CPI",
disse.
(AC, RB e LS)
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