São Paulo, segunda-feira, 11 de setembro de 2006

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Heloísa diz que não está nem aí para pesquisas

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)

A candidata à Presidência da República pelo PSOL, senadora Heloísa Helena, disse ontem durante campanha em Cuiabá que não tem dinheiro para encomendar pesquisas e, por isso, não poderia comentar nenhuma delas.
"Essas pesquisas divulgadas podem ser mentirosas, mas não as questiono e fico só cantando: "Tô nem aí, tô nem aí'", disse.
As pesquisas eleitorais mais recentes mostram recuo na intenção de votos da senadora, que chegou a ter 12% no Datafolha e agora tem 9%. "Acredito na paixão dos meus eleitores", disse.
A candidata desembarcou no aeroporto de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá (MT), no final da manhã, onde foi recebida por cerca de 80 militantes do PSOL.
Heloísa demonstrou desconforto quando foi questionada sobre o fato de ter chamado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de gângster. "Eu não queria comentar isso." Mas, em seguida, afirmou que sua declaração se deu "porque ele chefia uma organização criminosa".
A candidata do PSOL voltou a dizer que gostaria de ter a oportunidade de "desmascarar" Lula "num debate ao vivo". A vinte dias das eleições, Lula ainda não aceitou participar de nenhum debate.
Em Cuiabá, a senadora participou de uma carreata pelas ruas. Depois, Heloísa almoçou numa comunidade ribeirinha, onde recebeu apoio da associação de artesãos.
No sábado, em Rio Branco (AC), a senadora comentou a denúncia de que o governo federal gastou R$ 11 milhões em cartilhas que foram repassadas a diretórios do PT.
"Eu tenho obrigação de solicitar a abertura de um procedimento investigatório na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, sob pena de estar prevaricando e, portanto, condenada pelo Código Penal", disse.
"Não vamos fazer isso agora, durante o processo eleitoral, até para evitar qualquer conotação política e quem se comporta como gangue partidária pousar de vítima perante a opinião pública", completou, ao justificar porque vai esperar passar a eleição para tomar tal medida. (FÁTIMA LESSA)


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