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Presidente do STJ parabeniza
organizadores
DO ENVIADO A COMANDATUBA
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça),
Raphael de Barros Monteiro,
foi o juiz com cargo mais elevado presente ao encontro
da Bahia. Foi acompanhado
da mulher e de uma filha.
"Este evento representa
um canal de comunicação.
Estão de parabéns os organizadores", disse Monteiro na
sessão de encerramento, sábado à noite. Abordado pela
Folha, declarou que o patrocínio da Febraban "não deixa
de ser um risco", pois pode
"melindrar o Poder Judiciário". Ele disse, porém, que "o
objetivo foi a troca de idéias e
informações". Portanto,
"não influi na imparcialidade
dos juízes".
Além de Monteiro, esteve
no local e fez uma palestra o
ministro Antonio de Pádua
Ribeiro, do STJ e também
corregedor nacional do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça), órgão cuja função é fiscalizar os atos do Judiciário.
Na sua fala, Ribeiro destacou a preponderância das
ações relacionadas ao setor
bancário na Justiça brasileira. Segundo ele, de 2001 a
2006, o número de casos recebidos pelo STJ ligados
questões dos bancos foi de
322.588, ou 29,85% do total
de ações analisadas.
Custos do evento
Para cada hóspede no resort, a Febraban negociou
um preço promocional. A
diária baixou de R$ 684 para
R$ 540. Como o hotel cobrou
três dias, a hospedagem individual de cada juiz custou aos
bancos R$ 1.620. Quem veio
com o cônjuge custou R$ 580
por dia; com uma criança no
quarto, R$ 720.
Além de R$ 70 por um
translado, o custo individual
médio de cada passageiro no
Air Bus fretado da TAM foi
de R$ 1.004. Total individual
gasto pela Febraban com um
magistrado, sem acompanhantes: R$ 2.694,00.
A Folha foi convidada mas
pagou os gastos do repórter.
Não há ilegalidade no encontro da Febraban. Em
2005, os banqueiros promoveram evento similar, com a
presença do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim.
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