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memória
Estevão perdeu mandato e levou dois à renúncia
DA REDAÇÃO
Luiz Estevão (PMDB-DF)
foi o único senador cassado
por quebra de decoro parlamentar até hoje. Em sessão e
votação secreta, assim como
será o de Renan, ele perdeu o
mandato em 28 de junho de
2000 por 52 votos a 18, e 10
abstenções.
No entanto, o desenrolar
da cassação levou mais dois
senadores a renunciarem:
Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).
A representação que pediu
a cassação do senador, de autoria de Jefferson Peres
(PDT-AM), alegava que a
CPI do Judiciário identificou
diversas relações entre o
Grupo Monteiro de Barros,
responsável pela obra do
TRT de São Paulo e acusado
de desvio de verbas públicas,
e o Grupo OK, pertencente a
Luiz Estevão. A CPI identificou depósitos de aproximadamente US$ 46 milhões,
efetuados pelas empresas do
Grupo Monteiro de Barros a
favor das empresas do Grupo
OK. O Senado viu indícios
suficientes de quebra de decoro e cassou Estevão.
Em reportagem de 28 de
fevereiro de 2001, a revista
"IstoÉ" publica gravação do
procurador Luiz Francisco
de Souza em que grava ACM
dizendo saber quem tinha
votado contra a cassação de
Luiz Estevão. ACM insinua
que a então senadora Heloísa
Helena, na época no PT, teria
votado a favor de Estevão.
Por causa do conteúdo da
gravação, o Conselho de Ética do Senado decidiu pela
cassação de ACM e de Arruda, que afirmou ter recebido
a lista com os votos dos parlamentares de funcionários
da casa e que a entregou para
ACM. Antes da cassação, no
entanto, os dois renunciam.
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