São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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memória

Estevão perdeu mandato e levou dois à renúncia

DA REDAÇÃO

Luiz Estevão (PMDB-DF) foi o único senador cassado por quebra de decoro parlamentar até hoje. Em sessão e votação secreta, assim como será o de Renan, ele perdeu o mandato em 28 de junho de 2000 por 52 votos a 18, e 10 abstenções.
No entanto, o desenrolar da cassação levou mais dois senadores a renunciarem: Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).
A representação que pediu a cassação do senador, de autoria de Jefferson Peres (PDT-AM), alegava que a CPI do Judiciário identificou diversas relações entre o Grupo Monteiro de Barros, responsável pela obra do TRT de São Paulo e acusado de desvio de verbas públicas, e o Grupo OK, pertencente a Luiz Estevão. A CPI identificou depósitos de aproximadamente US$ 46 milhões, efetuados pelas empresas do Grupo Monteiro de Barros a favor das empresas do Grupo OK. O Senado viu indícios suficientes de quebra de decoro e cassou Estevão.
Em reportagem de 28 de fevereiro de 2001, a revista "IstoÉ" publica gravação do procurador Luiz Francisco de Souza em que grava ACM dizendo saber quem tinha votado contra a cassação de Luiz Estevão. ACM insinua que a então senadora Heloísa Helena, na época no PT, teria votado a favor de Estevão.
Por causa do conteúdo da gravação, o Conselho de Ética do Senado decidiu pela cassação de ACM e de Arruda, que afirmou ter recebido a lista com os votos dos parlamentares de funcionários da casa e que a entregou para ACM. Antes da cassação, no entanto, os dois renunciam.


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