DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) disse ontem que o "Comitato di Appoggio di Roma" teve postura autoritária ao recusar seu convite para discutir a reforma agrária. Por duas horas, o ministro teria debatido a questão agrária brasileira com 12 ONGs italianas. "Eles fugiram do debate. Lamento o fato", afirmou.
Jungmann disse que ouviu críticas e sugestões e admitiu que há problemas a serem resolvidos. "Meu papel como homem público é dizer que as coisas estão melhorando, mas ainda há muita coisa a ser feita."
Para o ministro, o governo não descumpriu acordos firmados com o MST em julho. Segundo ele, não houve acordo sobre as condições de empréstimo para os assentados nem quanto à assistência técnica.
Ele negou que o governo tente desqualificar o movimento ao apurar irregularidades em assentamentos. "Respeito muito o MST", afirmou. O ministro também classificou a pesquisa citada na carta como uma leitura conservadora da realidade agrária brasileira. Jungmann volta da Itália no sábado. (DN)


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