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RUMO A 2002
Para petista, partido sairá vitorioso no segundo turno das eleições
Lula diz que vai articular aliança com PPS e PMDB
LUIZA DAMÉ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O dirigente nacional do PT Luiz
Inácio Lula da Silva disse ontem
que vai articular com o PMDB e
com o PPS a formação de aliança
para as eleições de 2002. Para Lula, o PT tem até março para definir as coligações e o nome do candidato a presidente da República.
"O apoio do PMDB de São Paulo para Marta Suplicy e do PMDB
de Goiás a Pedro Wilson abre
possibilidade de conversa com
muita gente. Até o que parecia
impossível não é mais", afirmou
Lula. "Eu vou conversar com todo
mundo, com o Ciro Gomes e com
o PPS como um todo", disse.
Inicialmente, os petistas falavam em conversar apenas com
dissidentes do PMDB ligados ao
governador Itamar Franco (sem
partido-MG). O principal líder do
PMDB em Goiás é o senador Iris
Rezende, ex-ministro de FHC.
Em São Paulo, o comando do
PMDB é dividido entre o ex-governador Orestes Quércia e o presidente da Câmara, deputado Michel Temer, que integra o grupo
governista do partido.
O petista lembrou que em Minas Gerais -embora o governador Itamar Franco tenha deixado
o PMDB- os dois partidos se coligaram em 106 municípios no
primeiro turno das eleições.
Segundo Lula, a intenção é formar uma frente de centro-esquerda para enfrentar o candidato do
Palácio do Planalto. "Março é o
prazo final para definir candidato
e alianças", disse.
As negociações, na opinião do
petista, devem começar depois do
segundo turno. "É preciso um período de maturação para cicatrizar as feridas", afirmou Lula, ao
confirmar que os aliados preferenciais do PT são os chamados
partidos de esquerda, entre eles
PSB, PDT e PC do B.
Lula participou ontem da posse
do deputado Geraldo Magela
(PT-DF) na presidência da Conferência Parlamentar das Américas,
em Brasília. Depois foi a Goiânia
reforçar a campanha de Pedro
Wilson, na disputa contra o ex-petista Darci Accorsi (PTB).
Segundo Lula, o PT sairá vitorioso no segundo turno. "A possibilidade de ganharmos é real. Vamos sair melhor do que no primeiro", disse. "Não podemos ficar eufóricos com as pesquisas.
Nossos adversários não vão se
conformar em perder e tendem a
baixar o nível da campanha. Não
vamos entrar nesse jogo rasteiro."
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