São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 2002

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GOVERNO

Presidente evita tom eleitoral durante feira em SP

FHC elogia Juscelino e afirma que o Brasil está "mais modernizado"

Juca Varella/Folha Imagem
FHC, no Salão do Automóvel em SP, com a prefeita Marta Suplicy, a quem chamou de "minha amiga"


DA REPORTAGEM LOCAL

Ao abrir ontem em São Paulo o 22º Salão do Automóvel, o presidente Fernando Henrique Cardoso procurou não dar dimensão eleitoral a seu discurso, tratando a prefeita petista Marta Suplicy de "minha amiga" e evitando referências ao segundo turno ao citar um dos finalistas, o governador Geraldo Alckmin Filho (PSDB).
FHC elogiou o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), implantador do setor automobilístico e objeto de uma exposição no Anhembi que lembra o centenário de seu nascimento.
Disse que hoje o país está "mais modernizado e é mais competitivo" em razão de investimentos feitos no final dos anos 50, quando JK ignorou as críticas de que investimentos estrangeiros desnacionalizariam a economia.
"Vai longe o tempo em que se dizia que nós produzíamos carroças. Não. Produzimos carros competitivos, de padrão global. A nossa indústria, e não só a automobilística, é capaz de competir internacionalmente", disse.
Elogiou também os sindicatos, "que sabem os limites de uma negociação" e que "aprenderam com a democracia a negociar".
O presidente também se referiu à descentralização industrial do setor automotivo como um processo estimulado durante seus dois mandatos. Concentradas sobretudo em São Paulo e Minas, as montadoras estão hoje instaladas em sete Estados.
Por sua vez Ricardo Carvalho, presidente da Anfavea, o sindicato das montadoras, disse que o setor dispõe de 51 fábricas localizadas em 30 municípios e que, com seus 400 mil empregos diretos, é responsável por 3% do PIB.



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