São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PT e Lembo divergem sobre gastos de tucano com viagens

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O PT e o PSDB abriram ontem uma guerra de números em torno dos gastos com viagens oficiais feitas pelo presidente Lula e por Geraldo Alckmin em seus respectivos governos. De um lado, os tucanos atacam o AeroLula, que custou R$ 125 milhões e que, de acordo com promessa de Alckmin feita no debate da TV Bandeirantes, no domingo, será vendido em caso de vitória do PSDB para "fazer cinco hospitais".
De outro estão os "AeroAlckmin", como o PT está apelidando os aviões usados pelo tucano quando ocupava o governo do Estado. O site da campanha de Lula divulgou ontem que Alckmin "gastou R$ 130 milhões com passagens aéreas e aluguel de veículos e aeronaves entre 2001 e 2005". Segundo o PT, o valor seria mais do que suficiente para comprar um Airbus "igual ao que ficou conhecido como AeroLula".
O governo paulista divulgou ontem informações que contestam os números do PT. A assessoria do governo disse que o partido incluiu nas contas gastos com transporte de presidiários e de servidores.
Alckmin e sua comitiva teriam gasto, diz a assessoria, R$ 7,4 milhões com locação de aeronaves e passagens aéreas nacionais de 2001 a 2005. Com passagens internacionais, foram mais R$ 709 mil no período. Os números não foram atualizados pela inflação.
Os dados divulgados pela assessoria desmentem o PT mas também a afirmação de Alckmin, feita no debate da Band, de que tinha vendido todos os aviões do Estado quando estava no governo. Uma das aeronaves, um King Air, foi usada por ele até 2005, quando foi leiloado por R$ 1,1 milhão. Já um jato que pertencia à CESP, companhia energética do Estado, só foi vendido este ano, quando Cláudio Lembo já era governador. O avião foi vendido por US$ 4 milhões em meio à privatização de parte da empresa.
A assessoria informou que, quando Alckmin assumiu, o governo tinha três helicópteros. Eles ainda pertencem a órgãos do Estado, mas não ficam mais à disposição exclusiva do governador, que só os requisita quando necessário.


Texto Anterior: Eleições 2006/Presidência: Alckmin desautoriza assessor e nega cortes no Orçamento
Próximo Texto: Lu Alckmin levou pitbull em helicóptero
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.