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CPI dos Sanguessugas é marcada por discussão e votação é adiada outra vez
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Falta de quórum e desentendimentos entre governo e oposição impediram ontem, pela
segunda vez consecutiva, realização da reunião da CPI dos
Sanguessugas para votação de
requerimentos, o que pode levar a comissão a encerrar seus
trabalhos em dezembro sem
investigar a relação do Executivo com o esquema.
A oposição queria avançar
sobre o caso da tentativa de
compra do dossiê antitucano
por petistas, mas os governistas, além de esvaziarem a sessão, pressionavam para que a
investigação se centrasse no
suposto envolvimento de tucanos com a máfia.
O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), foi acusado por integrantes da oposição de forçar o adiamento da reunião para a semana que vem. Ele esperou por 30
minutos -como determina o
regimento- para que houvesse
a presença mínima. Como só 16
parlamentares haviam registrado presença (eram necessários pelo menos 19), Biscaia encerrou a reunião.
"Para mim, Biscaia está atendendo a um pedido do governo", disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
O presidente da CPI acusou
os colegas de fazer disputa política. "Sempre quis evitar isso",
disse o petista, negando pressão do governo: "Não existe
pressão de nada. Estou imune a
isso."
A oposição fez um apelo para
que ele remarcasse a reunião
para a tarde. Os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) chegaram a se reunir com Biscaia e,
depois, anunciar que ele havia
aceitado a proposta.
"Se eles disseram isso é mentira. Eu marquei a reunião para
a semana que vem. Eles tentaram me convencer, mas não
aceitei", disse Biscaia. "Eu não
minto. Ele havia combinado
comigo e com o Carlos Sampaio", rebateu Gabeira.
O presidente da CPI disse ter
recebido, por meio de ligação
telefônica, a segunda ameaça
de morte.
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