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Banco rebate críticas à metodologia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Mundial afirma que
polêmicas sobre a metodologia
usada para calcular o número de
pobres no mundo são comuns.
Para mostrar que a opinião do
professor da LSE, Robert Wade,
não é um consenso, a assessoria
de imprensa do banco se referiu a
um recente livro que argumenta
exatamente o contrário de Wade.
Segundo o livro "Imagine There"s No Countries", de Surjit Bhalla, diretor da Oxus Research and
Investment, com sede na Índia, o
Banco Mundial superestimou deliberadamente o número de pobres no mundo para conseguir
mais recursos de seus sócios.
Segundo um dos principais economistas do banco, Peter Lanjouw, "a metodologia que o Banco Mundial usa é meticulosamente documentada e muito transparente. Existe amplo espaço para
escrutínios detalhados e para checagens independentes".
De acordo com o economista do
Bird, o banco jamais deixou de divulgar a forma como calcula os
seus número. Segundo Wade, o
Bird não foi transparente sobre a
divulgação da nova metodologia.
Lanjouw, porém, não soube responder se os números de pobres
de 1980 e de 1998 foram compilados com metodologias diferentes.
Essa é a questão central para a tese
de Wade. Segundo a assessoria de
imprensa do Banco Mundial,
Martin Ravallion, o maior especialista do banco em pobreza, estava viajando e não estava disponível para discutir essa questão.
Lanjouw declarou, no entanto,
que toda vez que há mudanças
nas metodologias o banco recalcula os dados antigos para atualizá-los, o que permite comparações consistentes ao longo do
tempo. Mas não esclareceu se a
atualização foi feita até 1980.
Lanjouw enfatizou que a parte
técnica do banco não é permeável
a questões políticas. "Se existe ou
não uma pressão para mostrar
progresso na redução da pobreza
no mundo, isso é uma questão
tangencial à integridade dos cálculos usados para estimar a pobreza mundial", disse ele.
Segundo o economista, os profissionais do banco que calculam
o número de pobres são reconhecidos pela comunidade acadêmica pelo cuidado e escrúpulo com
que trabalham os dados.
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