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BOLSA FAMÍLIA
Oposição vai tentar aprovar no Senado 13ª parcela do benefício
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Papel central nas eleições
presidenciais deste ano, o
Bolsa Família agora tranca a
pauta de votações do Senado
e vem causando constrangimento ao governo.
A base aliada terá de tomar
a impopular medida de negar
a concessão de uma 13ª parcela do benefício aos assistidos pelo programa. O objetivo da oposição é caracterizá-lo como eleitoreiro.
Em setembro, o senador
Efraim Morais (PFL-PB)
apresentou projeto de lei
criando a medida. O objetivo
era provar que a oposição
não queria acabar com o Bolsa Família, como dizia a campanha petista. A matéria tramita em regime de urgência.
"Quando a questão é eleitoral o governo pensa de uma
forma e quando é social, de
outra. Neste ano eles aumentaram o número de famílias
atendidas de 8 milhões para
11 milhões e reajustaram o
valor do benefício em 33%.
Agora se recusam a dar aos
pobres um direito que os trabalhadores têm", afirmou o
líder do PFL, senador José
Agripino (RN).
O PFL obstruiu a sessão da
última quarta-feira, condicionando a votação de três
medidas provisórias à apreciação, primeiro, do projeto
de lei. A matéria tem que ser
votada na próxima sessão.
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a proposta é
inconstitucional. "Refuto
aqui as colocações de que eu
estaria prejudicando a população do país. O que estamos
fazendo é discutir um projeto que tem vício de origem,
porque gera despesa permanente para o Executivo e não
tem previsão orçamentária."
Uma alternativa para minimizar o desgaste é aprovar
um requerimento retirando
a urgência do projeto.
"O Bolsa Família foi a
grande arma do PT. O presidente, só na Bahia, lançou 1,5
milhão de famílias. Elas têm
direito ao abono natalino",
provocou Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA).
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