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Leitor da Folha está no topo da pirâmide social brasileira
Pesquisa do Datafolha feita neste ano mostra que público do jornal tem superior completo e pertence às classes A e B
Maior parcela está entre 23 e 49 anos, usa a internet, é de perfil liberal em relação a questões polêmicas e não tem simpatia por partidos
DA REPORTAGEM LOCAL
O leitor da Folha está no topo da pirâmide da população
brasileira: 68% têm nível superior (no país, só 11% passaram
pela universidade) e 90% pertencem às classes A e B (contra
18% dos brasileiros). A maioria
é branca, católica, casada, tem
filhos e um bicho de estimação.
A maior parcela dos leitores
tem entre 23 e 49 anos, é usuária de internet, faz exercícios e
freqüenta restaurantes, shoppings, cinema e livrarias.
Sobre questões consideradas
polêmicas, os leitores se posicionam a favor do casamento
gay, da legalização do aborto,
da reforma agrária e contra a
pena de morte. São, por outro
lado, contrários à descriminalização da maconha e a favor da
redução da maioridade penal.
Esses são alguns dos principais resultados do Perfil do
Leitor 2007 da Folha, realizado pelo Datafolha de abril a junho em 45 cidades do país. Foram feitas 93 perguntas a 1.556
entrevistados entre assinantes,
compradores em banca e secundários -aqueles que lêem
exemplares de outra pessoa.
Profissões
A pesquisa identificou que
63% dos leitores estão no mercado de trabalho ou à procura
de emprego (caso de 4%). Os
37% restantes são aposentados
(17%), estudantes (10%) e donas-de-casa (8%), entre outros.
A profissão com a maior participação individual entre os
leitores do jornal é a de professor: 12% lecionam. Na seqüência, vêm advogados (7%) e engenheiros (4%).
A comparação com o levantamento realizado em 1997 mostra um declínio na proporção
de católicos: embora continuem sendo a maioria do leitorado, houve uma diminuição de
dez pontos percentuais (de
65% para 55%) e um aumento
dos que se declaram sem religião (de 10% para 18%).
Outras mudanças notadas
neste ano aconteceram no
campo político. Cresceu a desilusão com os partidos -a maioria, 57%, declara não ter simpatia por nenhum deles (em
2000, eram 45%)-, houve um
aumento dos tucanos (são 18%
dos leitores) e uma perda de 21
pontos percentuais dos petistas (caíram de 34% para 13%).
Mídia e internet
O leitor é superequipado
-tem DVD, celular, computador e câmera digital- e faz uso
intenso da internet: a maioria
usa buscadores, compara preços, faz pesquisas de trabalho,
usa MSN (programa para conversa na rede), faz download de
programas e ouve músicas.
São consumidores vorazes de
mídia: 92% assistem a telejornais, 69% lêem revistas, 58%
ouvem notícias no rádio e 57%
seguem noticiário on-line. O
meio impresso, porém, é o preferido dos entrevistados: se tivessem que optar por um, 53%
ficariam apenas com o jornal.
O leitor está satisfeito com a
Folha: considera o jornal crítico com os governantes, pluralista, equilibrado e imparcial.
Comparado com os noticiários
on-line, o jornal se sai melhor
nos quesitos "confiável", "confortável" e "com menos erros".
Os entrevistados julgam importante ler jornal para se
manter no mercado de trabalho, para poder conversar com
amigos e para ter prestígio.
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