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Senador tenta recuperar prestígio no Estado
Ricardo Marques/Folha Imagem
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O presidenciável Garibaldi Alves (PMDB), que deve enfrentar disputa na bancada com os colegas Neuto de Conto e Pedro Simon
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com 40 anos de política, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) tenta recuperar com a eleição para a presidência do Senado o prestígio político que perdeu no seu Estado depois de
sair derrotado da eleição para o
governo do Rio Grande do Norte, em 2006.
Foi a primeira vez que perdeu uma eleição depois de disputar dez mandatos consecutivos. A explicação é no estilo
bem-humorado do senador.
"Ela botou para quebrar", diz,
sobre sua adversária, a governador Vilma de Faria (PSB).
Na eleição, ela teve o apoio do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que deu o troco em Garibaldi por sua atuação na relatoria da CPI dos Bingos. A comissão ganhou o apelido de "CPI
do Fim do Mundo" porque ele
permitiu que se investigasse
vários assuntos. A atuação se
tornou o principal obstáculo
para o senador chegar à presidência do Senado.
Nos últimos 40 anos, Garibaldi foi deputado estadual,
prefeito, governador e duas vezes senador. Entrou para a política em 1967, como chefe da Casa Civil da Prefeitura de Natal,
comandada pelo seu tio, Agnelo
Alves.
A família se perpetuou no poder no Rio Grande do Norte.
Atualmente, o fillho mais velho
dele, Valter Alves (PMDB), é
deputado estadual de primeiro
mandato. O líder do PMDB na
Câmara, deputado Henrique
Eduardo Alves (RN), é primo
do senador. O prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves (sem
partido), é tio de Garibaldi. O
prefeito de Natal, Carlos
Eduardo Alves (PSB), é primo
do senador.
Estilo
Ao mudar o estilo para conquistar apoio à presidência do
Senado, Garibaldi adotou medidas como renovar o guarda-roupa. "Ele hoje está com o perfume mais forte, é sinal que está mais candidato do que nunca", brincou o senador Wellington Salgado (PMDB-MG).
Renan trabalhou contra Garibaldi porque ele disse ter votado, na eleição que o tornou
presidente do Senado, em
2007, em Agripino Maia
(DEM-RN). No primeiro processo pela cassação de Renan,
Garibaldi afirmou ter votado
pela cassação.
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