São Paulo, terça-feira, 11 de dezembro de 2007

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Senador tenta recuperar prestígio no Estado

Ricardo Marques/Folha Imagem
O presidenciável Garibaldi Alves (PMDB), que deve enfrentar disputa na bancada com os colegas Neuto de Conto e Pedro Simon

ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com 40 anos de política, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) tenta recuperar com a eleição para a presidência do Senado o prestígio político que perdeu no seu Estado depois de sair derrotado da eleição para o governo do Rio Grande do Norte, em 2006.
Foi a primeira vez que perdeu uma eleição depois de disputar dez mandatos consecutivos. A explicação é no estilo bem-humorado do senador. "Ela botou para quebrar", diz, sobre sua adversária, a governador Vilma de Faria (PSB).
Na eleição, ela teve o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deu o troco em Garibaldi por sua atuação na relatoria da CPI dos Bingos. A comissão ganhou o apelido de "CPI do Fim do Mundo" porque ele permitiu que se investigasse vários assuntos. A atuação se tornou o principal obstáculo para o senador chegar à presidência do Senado.
Nos últimos 40 anos, Garibaldi foi deputado estadual, prefeito, governador e duas vezes senador. Entrou para a política em 1967, como chefe da Casa Civil da Prefeitura de Natal, comandada pelo seu tio, Agnelo Alves.
A família se perpetuou no poder no Rio Grande do Norte. Atualmente, o fillho mais velho dele, Valter Alves (PMDB), é deputado estadual de primeiro mandato. O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), é primo do senador. O prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves (sem partido), é tio de Garibaldi. O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSB), é primo do senador.

Estilo
Ao mudar o estilo para conquistar apoio à presidência do Senado, Garibaldi adotou medidas como renovar o guarda-roupa. "Ele hoje está com o perfume mais forte, é sinal que está mais candidato do que nunca", brincou o senador Wellington Salgado (PMDB-MG).
Renan trabalhou contra Garibaldi porque ele disse ter votado, na eleição que o tornou presidente do Senado, em 2007, em Agripino Maia (DEM-RN). No primeiro processo pela cassação de Renan, Garibaldi afirmou ter votado pela cassação.


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