|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONGRESSO
Líderes dos partidos da base mobilizam bancadas
Governistas tentam votar hoje
emenda que cria o novo FEF
DENISE MADUEÑO
da Sucursal de Brasília
Os líderes governistas na Câmara fizeram as contas e vão tentar
votar hoje a emenda constitucional que cria a DRU (Desvinculação de Recursos da União), em
substituição ao FEF (Fundo de
Estabilização Fiscal).
Ontem, primeiro dia de votação
da convocação extraordinária, o
governo sofreu uma derrota na
Câmara. O quórum foi de 448 deputados até as 18h30.
O Senado também realizou ontem a primeira sessão deliberativa. Compareceram 78 dos 81 senadores. Só não compareceram
Carlos Wilson (PPS-PE), Ernandes Amorim (PPB-RO) e Bernardo Cabral (PFL-AM). Nenhuma
matéria foi votada em plenário.
Na primeira votação da Câmara, os deputados rejeitaram o projeto que permitia a recondução
consecutiva dos procuradores-gerais do Ministério Público do
Trabalho e da Justiça Militar.
O governo não conseguiu os
257 votos para aprovar o projeto
de lei complementar. Foram 222
votos favoráveis, 191 contrários e
7 abstenções.
Líderes dos partidos da base de
sustentação do governo traçaram
ontem o primeiro mapa de votos
do governo para a sessão de hoje.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse que, dos 106 deputados do partido, apenas 4 não
deverão comparecer à sessão.
O líder do PSDB, Aécio Neves
(MG), afirmou que 90% da bancada de 102 tucanos votarão a favor do projeto que cria a DRU.
"As dificuldades para a votação
estão superadas", disse Aécio.
No ano passado, o governo recuou durante a sessão em que seria votado o projeto, temendo
derrota. Apesar do quórum alto
na sessão, o governo não estava
seguro que teria votos favoráveis.
"Sinto que os canais estão mais
desobstruídos", afirmou o líder
do PMDB, Geddel Vieira Lima
(BA). Na ocasião, a maior dissidência foi registrada no PMDB.
Segundo Geddel, a liberação dos
recursos para obras em prefeituras, incluídos no Orçamento por
meio de emendas dos parlamentares, já está encaminhada.
Geddel não apresentou ainda o
número de votos previstos em sua
bancada, mas afirmou que a
maioria acompanhará a orientação de votar a favor do projeto.
No fim da tarde, a bancada do
Rio de Janeiro iniciou uma dissidência. Deputados querem que a
sede da Agência Nacional de Saúde fique no Estado. A reedição de
uma medida provisória do governo transferiu a sede do Rio de Janeiro para Brasília.
"Sou a favor da DRU, mas não
vou votar a favor se não for resolvida a questão da agência", afirmou Eduardo Paes (PTB-RJ).
"Essa ameaça não chegou a
mim", afirmou o líder do governo
na Câmara, Arnaldo Madeira
(PSDB-SP).
Com o quórum alto, a Câmara
aprovou ontem a proposta de
emenda constitucional que inclui
o direito à moradia entre os direitos sociais previstos no artigo 6º
da Constituição. O projeto foi
aprovado por unanimidade. Foram 432 votos a favor.
Texto Anterior: Cãmara: Votação sobre Bolsonaro é adiada Próximo Texto: Se aprovada, DRU liberaria R$ 40 bi Índice
|