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Deputados pedem mais R$ 10 mil para gabinetes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na virada do ano, os dirigentes
da Câmara Federal deixaram o
caminho aberto para cada deputado gastar até R$ 13 mil a mais
com suas equipes e infra-estrutura política. Já está em vigor o aumento de R$ 12 mil para R$ 15 mil
na verba indenizatória.
Além disso, está pronto para votação a partir de 16 de fevereiro o
aumento da verba de gabinete, de
R$ 35 mil para R$ 45 mil, usada
para contratação de assessores
parlamentares.
Para vigorar, o segundo aumento precisa receber status de matéria urgente e ser aprovado no plenário da Casa ao fim do recesso.
No caso da verba indenizatória,
bastaram as assinaturas do presidente João Paulo Cunha (PT-SP),
os dois vice-presidentes e os quatro secretários da Mesa, no dia 30
de dezembro.
O projeto de resolução que trata
da verba de gabinete também aumenta para 25 o número máximo
de funcionários que podem ser
contratados pelos deputados
-hoje são 20. Essas despesas são
bancadas pelo Orçamento da Câmara dos Deputados.
O candidato da bancada do PT
para a Presidência da Câmara,
Luiz Eduardo Greenhalgh, não
quis se posicionar, mas não descartou a análise da proposta.
"O que for legítimo, justo e
constitucional e o plenário quiser,
não me furtarei a discutir. Uma
coisa é o que já foi feito, outra coisa é o que será feito", disse.
A verba indenizatória é destinada ao ressarcimento de despesas
no Estado de origem do deputado
com aluguel, manutenção de escritórios, locomoção e demais atividades relacionadas ao mandato.
Para utilizá-la, é preciso apresentar documentação fiscal comprovando cada gasto.
Segundo João Paulo, de dois em
dois anos é feito reajuste na verba
que os deputados têm. "A verba
de gabinete é usada para pagar os
funcionários. Se é justo que o funcionário público tenha aumento,
é claro que os funcionários dos
gabinetes de deputados precisam
de um aumento."
Questionado sobre o número
de funcionários, ele disse que está
sugerindo aumentar de 20 para 25
o número máximo de funcionários "para que a realidade do Brasil seja atendida."
"Um deputado do Norte ou do
Nordeste tem uma estrutura diferente de um de São Paulo. Às vezes, nesses Estados, como os salários são menores, o deputado pode ter mais assessores", disse.
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