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CASO WALDOMIRO
Falhas fazem polícia criar força-tarefa
Inquérito volta à PF pela 2ª vez, após ser rejeitado pelo Ministério Público
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Considerado incompleto pelo
Ministério Público, o inquérito
que apura supostas irregularidades cometidas por Waldomiro
Diniz, ex-assessor da Casa Civil,
vai voltar pela segunda vez à Polícia Federal, para a produção de
novas provas. Devido às recorrentes falhas na investigação, a
Polícia Federal vai criar uma força-tarefa para trabalhar no caso.
Até a conclusão desta edição, o
inquérito ainda não havia chegado à PF. Segundo o diretor-geral
da instituição, delegado Paulo Lacerda, uma equipe vai auxiliar nas
investigações para evitar que o inquérito seja rejeitado mais uma
vez, seja pela Justiça, seja pelo Ministério Público Federal.
Anteontem, a 10ª Vara Federal
de Brasília devolveu o inquérito
para a PF pela segunda vez. Em
abril, o juiz Clóvis Barbosa Siqueira rejeitou denúncia e pediu que a
polícia apresentasse mais provas.
Desta vez, coube à Promotoria solicitar que a investigação fosse
aprofundada.
A cúpula da PF já havia considerado falho o inquérito, que foi
concluído em dezembro do ano
passado pelo delegado Antonio
César Fernandes Nunes. O delegado também foi alvo de ressalvas
feitas por diretores do órgão devido a um perfil considerado centralizador. Apesar disso, na semana passada, ele foi nomeado o segundo homem na hierarquia da
superintendência da Bahia.
O inquérito foi aberto em fevereiro de 2004, quando foi divulgada uma fita na qual Waldomiro
pede propina ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira.
No início das investigações,
também foi cogitado que Waldomiro teria interferido na renegociação de contrato entre a Caixa
Econômica Federa e a multinacional GTech. Segundo depoimentos à PF, ele teria exigido a
contratação de Rogério Buratti
para que a renovação com a Caixa
ocorresse, o que o banco nega.
Todos os acusados pelo Ministério Público, em maio, e os indiciados pela PF, em dezembro, negam as acusações.
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