São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CASO WALDOMIRO

Falhas fazem polícia criar força-tarefa

Inquérito volta à PF pela 2ª vez, após ser rejeitado pelo Ministério Público

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Considerado incompleto pelo Ministério Público, o inquérito que apura supostas irregularidades cometidas por Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, vai voltar pela segunda vez à Polícia Federal, para a produção de novas provas. Devido às recorrentes falhas na investigação, a Polícia Federal vai criar uma força-tarefa para trabalhar no caso.
Até a conclusão desta edição, o inquérito ainda não havia chegado à PF. Segundo o diretor-geral da instituição, delegado Paulo Lacerda, uma equipe vai auxiliar nas investigações para evitar que o inquérito seja rejeitado mais uma vez, seja pela Justiça, seja pelo Ministério Público Federal.
Anteontem, a 10ª Vara Federal de Brasília devolveu o inquérito para a PF pela segunda vez. Em abril, o juiz Clóvis Barbosa Siqueira rejeitou denúncia e pediu que a polícia apresentasse mais provas. Desta vez, coube à Promotoria solicitar que a investigação fosse aprofundada.
A cúpula da PF já havia considerado falho o inquérito, que foi concluído em dezembro do ano passado pelo delegado Antonio César Fernandes Nunes. O delegado também foi alvo de ressalvas feitas por diretores do órgão devido a um perfil considerado centralizador. Apesar disso, na semana passada, ele foi nomeado o segundo homem na hierarquia da superintendência da Bahia.
O inquérito foi aberto em fevereiro de 2004, quando foi divulgada uma fita na qual Waldomiro pede propina ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
No início das investigações, também foi cogitado que Waldomiro teria interferido na renegociação de contrato entre a Caixa Econômica Federa e a multinacional GTech. Segundo depoimentos à PF, ele teria exigido a contratação de Rogério Buratti para que a renovação com a Caixa ocorresse, o que o banco nega.
Todos os acusados pelo Ministério Público, em maio, e os indiciados pela PF, em dezembro, negam as acusações.


Texto Anterior: Carga tributária: RS vincula crédito do ICMS ao pagamento de impostos
Próximo Texto: Panorâmica - Senado: Preso em operação da PF, empresário é empossado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.