São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

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Sede da Renascer em São Paulo é alvo de pichações durante a madrugada

Matuiti Mayezo/Folha Imagem
Sacos pretos na sede da Igreja Renascer em São Paulo encobrem pichações contra casal detido


MATHEUS PICHONELLI
DA REDAÇÃO

Fixados com fita adesiva, sacos de lixo escuros tampavam ontem pela manhã um dos portões da sede da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, na rua Lins de Vasconcelos, no Cambuci, em São Paulo.
A montagem, feita de improviso na madrugada por um funcionário da igreja, tinha como objetivo impedir a visualização de mensagens escritas por cerca de dez pichadores contra os fundadores da igreja, apóstolo Estevam Hernandes e bispa Sônia Moraes, detidos há três dias no aeroporto de Miami (EUA) por carregar dinheiro não declarado na bagagem.
"Na Bíblia não se carrega dinheiro", dizia a mensagem, que chamava o casal de "ladrão".
O boletim de ocorrência foi registrado durante a madrugada no distrito policial do Cambuci, segundo a Polícia Civil.
Na igreja, funcionários estavam proibidos de comentar a ação. "É coisa de moleque", limitou-se a dizer um diácono. "Sempre respeitaram a igreja. É a primeira vez que vejo isso", lamentou o funcionário, que pediu para não ser identificado.
À tarde, uma pastora identificada como Cida tentava tranqüilizar fiéis dizendo que os cultos seguiriam normalmente e que quem tivesse fé não teria nada a temer: "Já está tudo pintado, lavado, limpinho. Sou Renascer até a morte!" Na frente da igreja, pastores e fiéis comentavam o assunto. "Isso é só o começo. Devemos estar preparados", pregava um deles.
Por meio de sua assessoria, a igreja lamentou o episódio, mas disse considerar a pichação um "fato isolado" e que não há necessidade de reforçar a segurança na sede. Afirmou ainda não acreditar que a mensagem tenha sido escrita por freqüentadores insatisfeitos. "Em São Paulo, qualquer um pode ser vítima de atos de vandalismo."


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