|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENFIM, ÁGUA
Algumas casas em Caruaru, cidade que receberá abastecimento, já ficaram até 12 dias sem água
Presidente inaugura obra iniciada em 98
MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO
Depois de sete anos, a quinta
maior cidade de Pernambuco,
Caruaru (com cerca de 253 mil
habitantes), vai receber água potável da barragem de Jucazinho,
inaugurada em fevereiro de 1998
pelo então presidente Fernando
Henrique Cardoso.
Os trechos da adutora -rede
de encanamentos que conduzem a água da barragem até os
reservatórios- inaugurados
ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva abastecerão cerca de 725 mil pessoas em 11 cidades e 45 distritos, de acordo com
a assessoria de imprensa do Ministério de Integração Nacional.
Isso corresponde a aproximadamente 36% dos moradores da
região agreste do Estado.
A obra permitirá o ajuste gradual do rigoroso calendário de
abastecimento imposto a alguns
municípios do Estado.
De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), algumas
casas chegam a ficar mais de 12
dias sem água potável.
Alguns trechos da adutora começaram a ser construídos em
agosto de 1998 e tinham conclusão prevista para dezembro de
2002, segundo relatório feito pelo Ministério do Desenvolvimento em maio de 2001. Ainda
segundo o relatório, a falta de
verbas foi a causa da paralisação
de parte das obras. A primeira
fase do projeto foi concluída em
dezembro de 2000 e beneficiou
67 mil pessoas das cidades de
Surubim e Salgadinho.
Localizada em Surubim (124
km a oeste de Recife), a barragem, instalada no rio Capibaribe, é a terceira maior do Estado e
comporta 327 milhões de m3 de
água. Isso corresponde a cerca
de 10% da capacidade do reservatório de Sobradinho, considerado o maior do mundo, no rio
São Francisco.
Foram construídas nove estações elevatórias -para bombear água em trechos de serra-
nove subestações de energia e
sete estações de tratamento. A
tubulação tem aproximadamente 270 km de extensão.
De acordo com o Ministério de
Integração Nacional, as obras da
barragem custaram cerca de R$
50 milhões, e as das adutoras, R$
150 milhões. Desse valor, R$ 24
milhões foram gastos durante o
governo Lula. O ministério afirma que mais R$ 10 milhões serão
investidos até o fim deste ano
para conclusão das obras até as
cidades de Gravatá e Bezerros.
Texto Anterior: Elite governou de forma equivocada, diz petista Próximo Texto: Diplomacia: União vai construir embaixada em Cuba Índice
|