São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENFIM, ÁGUA

Algumas casas em Caruaru, cidade que receberá abastecimento, já ficaram até 12 dias sem água

Presidente inaugura obra iniciada em 98

MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO

Depois de sete anos, a quinta maior cidade de Pernambuco, Caruaru (com cerca de 253 mil habitantes), vai receber água potável da barragem de Jucazinho, inaugurada em fevereiro de 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os trechos da adutora -rede de encanamentos que conduzem a água da barragem até os reservatórios- inaugurados ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva abastecerão cerca de 725 mil pessoas em 11 cidades e 45 distritos, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério de Integração Nacional. Isso corresponde a aproximadamente 36% dos moradores da região agreste do Estado.
A obra permitirá o ajuste gradual do rigoroso calendário de abastecimento imposto a alguns municípios do Estado.
De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), algumas casas chegam a ficar mais de 12 dias sem água potável.
Alguns trechos da adutora começaram a ser construídos em agosto de 1998 e tinham conclusão prevista para dezembro de 2002, segundo relatório feito pelo Ministério do Desenvolvimento em maio de 2001. Ainda segundo o relatório, a falta de verbas foi a causa da paralisação de parte das obras. A primeira fase do projeto foi concluída em dezembro de 2000 e beneficiou 67 mil pessoas das cidades de Surubim e Salgadinho.
Localizada em Surubim (124 km a oeste de Recife), a barragem, instalada no rio Capibaribe, é a terceira maior do Estado e comporta 327 milhões de m3 de água. Isso corresponde a cerca de 10% da capacidade do reservatório de Sobradinho, considerado o maior do mundo, no rio São Francisco.
Foram construídas nove estações elevatórias -para bombear água em trechos de serra- nove subestações de energia e sete estações de tratamento. A tubulação tem aproximadamente 270 km de extensão.
De acordo com o Ministério de Integração Nacional, as obras da barragem custaram cerca de R$ 50 milhões, e as das adutoras, R$ 150 milhões. Desse valor, R$ 24 milhões foram gastos durante o governo Lula. O ministério afirma que mais R$ 10 milhões serão investidos até o fim deste ano para conclusão das obras até as cidades de Gravatá e Bezerros.


Texto Anterior: Elite governou de forma equivocada, diz petista
Próximo Texto: Diplomacia: União vai construir embaixada em Cuba
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.