São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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OUTRO LADO

Vice nega que saques tenham sido irregulares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade (PL-MG), informou, por meio de sua assessoria, que não houve irregularidades nos saques de R$ 7,4 milhões das contas do Idaq, instituto vinculado à CNT (Confederação Nacional dos Transportes), e que o assunto não o envolve "pessoalmente".
Andrade não forneceu à Folha explicações sobre os saques, sob o argumento de que assunto está coberto pelo sigilo judicial. Os saques estariam sendo investigados por meio de processo no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, sob acompanhamento do Ministério Público Federal.
"O assunto corre em segredo de Justiça, não envolve o Clésio pessoalmente e o órgão [Idaq] já fez a defesa dele", disse a assessoria do vice-governador.
Segundo a assessoria, o assunto "já esteve em voga", referindo-se a uma reportagem da Folha que narrou, em julho de 2005, pagamentos de R$ 7,9 milhões feitos pelo Banco Rural ao Idaq. À época, o advogado de Andrade, Décio Torres Freire, afirmou que o inquérito que investiga as movimentações financeiras do Idaq por suspeita de lavagem de dinheiro "é baseado puramente em presunção".
"Ele [Andrade] reafirma o que foi dito pelo seu advogado", disse a assessoria do vice-governador mineiro.
A respeito do pagamento de R$ 1,4 milhão feito em 1998 por empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza nas contas de dois institutos ligados a Andrade, detectado pela CPI dos Correios, o vice-governador informou, há duas semanas, que a escolha das entidades como destino do dinheiro deveu-se a uma opção empresarial. O dinheiro seria remuneração pela venda das cotas de Andrade na sociedade do vice-governador com Valério. (MS e RV)


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