São Paulo, terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alunos da UnB vão discutir se pedem a saída do reitor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Estudantes da UnB irão se reunir amanhã para discutir um possível pedido de afastamento do reitor da universidade, Timothy Mulholland. Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal, recursos inicialmente destinados à pesquisa foram utilizados na reforma do apartamento funcional do reitor.
Segundo promotores, a Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), ligada à Universidade de Brasília, gastou R$ 470 mil na compra dos móveis do apartamento funcional do reitor, incluindo uma lixeira de R$ 990.
Rafael Ayan, um dos diretores do Diretório Central dos Estudantes, diz que apenas os institutos de química e medicina da UnB receberam mais do que isso em 2007: "Como pode um apartamento custar mais do que a verba direcionada a uma unidade acadêmica?".
Por ora a posição do DCE é que o afastamento de Mulholland seja pedido caso seu nome seja citado em denúncia do Ministério Público Federal, o que ainda não ocorreu.
A assessoria de imprensa da UnB informou que a hipótese de afastamento do reitor está fora de cogitação e que não irá se manifestar sobre a a reunião dos estudantes. O órgão reiterou ainda a posição de que os gastos no apartamento funcional estão dentro da legalidade.
Questionado sobre o caso, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que não cabe ao MEC tomar providências sobre o caso porque as universidades têm autonomia: "Não tenho elementos para avaliar, mas o papel dos órgãos de controle é investigar e o dos dirigentes é apresentar justificativas em sua defesa", disse.


Texto Anterior: Ministros do STF são contra sigilo de cartão
Próximo Texto: Projeto vai obrigar governo do Pará a publicar gastos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.