São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Dezembro ou janeiro

O "Wall Street Journal" deu reportagem de Antonio Regalado e outros, dizendo que a "desaceleração atinge os emergentes". Ressaltou como "demonstração da mudança na fortuna" dos emergentes a queda na produção industrial de dezembro do Brasil, com dados tirados das manchetes daqui. Já a Reuters Brasil destacou ontem que a "produção industrial de São Paulo sobe em janeiro, após três meses de queda". Mas pouco ecoou por aqui.

COMMODITIES...
O "WSJ" foi à Argentina mostrar como o "mergulho das commodities atinge as economias latino-americanas". Concentra-se na soja, cujo preço caiu desde julho e, no país, enfrenta "a pior seca em 70 anos". Aborda também o Brasil, que "paga preço pesado por depender de recursos naturais como soja e ferro" para exportar.

OU COMMODITIES
Mas o mesmo "WSJ" volta a defender investimento nos emergentes, Brasil à frente, hoje "em posição bem melhor que em crises passadas". E o site da "Forbes" postou longa "análise" da Reuters, enviada de Chicago e intitulada "Brasil deve herdar vendas de soja da Argentina atingida pela seca". Era o topo das buscas de Brasil no Google News, no fim do dia.

BANCOS...
O UOL manteve ao longo da tarde a manchete "Bancos da América Latina já sentem mais a crise". Do Brasil, destaca-se um aumento nas "taxas de calote sobre empréstimos". Mas nada de "pressões sistêmicas", segundo a reportagem, nem de prognósticos de "prejuízo".

OU BANCOS
Nos EUA, o site financeiro Zacks voltou a postar relatório sobre o Brasil, anunciando agora os "primeiros sinais de recuperação". Diz que o sistema bancário "não foi atingido pela crise internacional" e saúda que o crédito "voltou a crescer", como anunciado pelo Banco Central. "Um bom sinal" da recuperação do crédito é a "reação da indústria automobilística", que cresceu em janeiro depois de cinco meses.

IRA
wsj.com
Na manchete on-line do "Financial Times", "Banqueiros encaram ira do Congresso". Do "WSJ", "Banqueiros garantem que estão emprestando". Eram Citigroup, Bank of America e outros, se explicando para os congressistas

ESPIRAL PROTECIONISTA
O site do "FT" abriu a seção "Protecionismo", para seguir o tema "em profundidade". No destaque do dia, "Itália alerta para espiral protecionista". Presidindo o G8, o país teme que, "se os Brics não puderem entrar no mercado americano" de aço, "vão invadir a Europa". Já Pascal Lamy, da Organização Mundial de Comércio, avaliou no "Washington Post" que "a situação ainda está sob controle" e saudou Obama e Lula "por resistirem à pressão protecionista de industriais e legisladores".

ÓDIO
jornalnacional.com
Ecoou nos sites no fim do dia e acabou virando manchete do "JN" a história da brasileira atacada e marcada por neonazistas da Suíça, em aparente episódio de xenofobia

OBAMA & AMÉRICA LATINA
stratfor.com
Na manchete do site Stratfor, de "previsões estratégicas", uma longa análise sobre "A administração Obama e a América Latina". Avalia que as relações "decaíram" sob Bill Clinton e George W. Bush e "Obama pode não ser capaz de estabelecer uma política ampla", limitando-se ao "diálogo diplomático". Diz que "o clima político" nos EUA não deve "permitir concessões na questão mais importante para o Brasil: comércio". E a incapacidade dos EUA de se integrarem "abre oportunidade para o Brasil avançar como líder na região". Mas entre especialistas em política externa, caso de Cynthia McClintock, em depoimento ao Congresso postado ontem, segue a pressão para o país "melhorar as relações", a dois meses da Cúpula das Américas.

"CRAZY" FIDEL
Huffington Post, Gawker e outros sites americanos exploraram comicamente a "bizarra" coluna de Fidel Castro no "Granma", em que ele especula de forma desencontrada sobre a origem do sobrenome Emanuel, do chefe de gabinete de Obama.

OS TRÊS BISPOS
"NYT" e outros pelo mundo reproduziram reportagem especial da Reuters, em Abaetetuba, sobre a rotina perigosa de três bispos estrangeiros ligados à Teologia da Libertação e que seguem em ação no Pará, mesmo depois de ameaçados de morte.


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@ - Nelson de Sá


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