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OUTRO LADO
Tribunal nega estar ocultando afastamentos
DO ENVIADO ESPECIAL
"O Poder Judiciário de Minas Gerais não tem nada a
ocultar. É princípio nosso
cumprir as decisões superiores", afirmou o corregedor-geral do Tribunal de Justiça,
desembargador Roney Oliveira: "O presidente Hugo
Bengtsson Júnior está cumprindo tudo que foi julgado.
Tudo está sendo publicado".
"Não tenho nada a ocultar,
mas gostaria muito que respeitassem minha privacidade", disse, ao evitar comentar a contratação, sem concurso, de sua mulher. "Ela
foi afastada a meu pedido, a
resolução tem que ser cumprida". Segundo Oliveira,
"nepotismo é não trabalhar.
O doloroso é ver gente com
30 anos de trabalho ser dispensada sem direito a indenização", afirma.
O desembargador Alvimar
Ávila não comentou o afastamento, a pedido, de sua
mulher: "Não vou dar esse
tipo de informação por telefone." A Folha não pôde ter
acesso às informações do setor administrativo do TJ.
"Nepotismo é não trabalhar. Eu fui nomeada e nunca faltei um dia ao trabalho
durante 18 anos", diz Consuelo Soares Carneiro, mulher do desembargador Kelson do Prado Carneiro, dispensada a pedido do juiz.
"Maior nepotismo é o filho
do Lula ganhar dinheiro da
Telemar. Eu votei no PT desde 1989, o partido faz um
discurso e a prática é outra."
"O CNJ é coisa de ditadura,
pois hoje o Judiciário vive
sufocado, governado pelo
conselho, que não entende
de Judiciário", diz. Consuelo
é professora. Diz que tomava
conta do gabinete e que a filha, Larissa, já afastada, trabalhava como motorista.
O desembargador Alberto
Aluízio Pacheco de Andrade
vê com naturalidade o afastamento, a seu pedido, de
sua filha, Fabrícia Andrade.
""Não tenho nenhum constrangimento. Minha filha está comigo desde o tempo em
que estudava direito e, de
qualquer forma, deixaria o
tribunal, pois está se mudando para o Rio", diz.
(FV)
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