São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2000


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Instalações de cabo eram clandestinas

da Reportagem Local

A regulamentação da colocação de cabos de fibras ópticas no subsolo da cidade de São Paulo só foi feita em julho do ano passado, mas a MetroRED e a Água Nova já instalavam cabos em 98.
O dono da Água Nova, Walter Coronado Antunes Filho, disse ontem que trabalha na instalação de cabos para a MetroRED há cerca de dois anos.
O ex-secretário das Vias Públicas do município Alfredo Mário Savelli afirma ter presenciado a instalação de cabos na frente da secretaria no início do ano passado, quando o serviço ainda não era regulamentado.
De acordo com Gerson Zanatta, diretor do Convias (Departamento de Controle de Uso de Vias Públicas), até a edição do decreto todos os cabos de fibra óptica instalados nas vias públicas de São Paulo eram clandestinos.
Ele afirma que o ex-secretário das Vias Públicas do município Reynaldo de Barros editou três portarias para regulamentar o setor, mas nenhuma delas teria sido utilizada para conceder autorizações às empresas.
O advogado Benedicto Porto Neto, professor de direito administrativo da PUC-SP, disse que "se não havia regulamentação, a instalação dos cabos era irregular". Segundo ele, porém, esses cabos clandestinos seriam passíveis de regulamentação.
O subsolo da cidade é um bem público cujo acesso é regulamento pelo município, que pode cobrar pela sua utilização. Na opinião de Porto Neto, não é necessário haver licitação para a prefeitura permitir o uso do subsolo porque "a administração pode contemplar todos os que desejarem instalar seus equipamentos".
De acordo com o advogado, até a edição do decreto de Pitta os cabos clandestinos deveriam ter sido retirados pela prefeitura. A fiscalização cabe às administrações regionais.
Mas, segundo ele, após o decreto a sanção para as empresas que fizeram a instalação irregular dos cabos de fibras ópticas não é mais a retirada, mas o pagamento de um valor como ressarcimento ao município pela utilização clandestina do subsolo.


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