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PTB e enquete pressionam Natalício
da Reportagem Local
O PTB arrancou o voto de Natalício Bezerra com um argumento
forte. O aviso foi bem dado: o partido não toleraria a infidelidade
de um vereador, após uma decisão das Executivas Nacional e Estadual de apoiar as investigações
contra o prefeito Celso Pitta.
Em um ano de eleição e sendo
candidato, o risco de perder a legenda e a possibilidade de concorrer em outubro fizeram o petebista mudar radicalmente seu discurso ontem na Câmara.
Duas horas depois de declarar
que ainda poderia mudar seu voto e ser favorável ao arquivamento das denúncias contra Pitta, o
petebista surgiu ontem em uma
coletiva decidido a se posicionar
favorável ao início do impeachment. Ele até assinou o parecer da
oposição, a pedido da bancada.
Apesar de negar que a decisão
tenha se dado por pressão do partido, Bezerra, que é presidente do
sindicato dos taxistas de São Paulo, não soube explicar por que havia, horas antes, condicionado
seu voto ao resultado de uma pesquisa que ele mesmo fazia com
motoristas.
"O que os taxistas decidirem eu
vou fazer. Não sou um vereador.
Somos 35 mil vereadores, que são
os taxistas e seus familiares que
me elegeram. Preciso respeitá-los", disse. "Entre o meu partido,
o prefeito Celso Pitta e os taxistas,
fico com os taxistas e a cidade."
O resultado parcial da pesquisa
antes de uma conversa a portas
fechadas com a bancada, segundo
ele, era quase de empate. Após a
reunião, o levantamento parcial já
era final. Segundo o vereador,
90% dos 3.600 taxistas ouvidos
sobre como ele deveria votar defenderam que Pitta deve ser investigado na Câmara.
Após a reunião na bancada, o
partido também voltou a ter valor. "Se estou votando hoje, a bancada é que irá decidir. Minha bancada tem cinco vereadores. O PTB
está fazendo tudo pensando, por
isso levei todo esse tempo para
dar uma resposta aos senhores."
Após Bezerra anunciar sua decisão, comentava-se que até o vereador Ivo Morganti (PMDB) poderia passar a apoiar as investigações. Até ontem, ele não havia
manifestado seu voto.
No entanto, já tinha autorização
do líder do partido, Jooji Hato, de
votar como quiser.
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