UOL

São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Genro diz que governo "perdeu, em parte, batalha da informação"

FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo avalia que está perdendo a batalha da comunicação na questão da reforma da Previdência -principalmente para informar os servidores públicos- e prepara-se para não repetir o erro no que será seu próximo foco de desgaste, a reforma trabalhista.
A principal medida proposta deverá ser a redução dos custos de contratação para pequenas e médias empresas, com flexibilização de direitos e encargos.
O governo analisa como "vender" o projeto à sociedade e diminuir as resistências que certamente virão da base sindical. Uma idéia é frisar que um modelo mais flexível contribuiria para aumentar a formalização do mercado de trabalho. A discussão deve começar na próxima semana, quando o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
"Uma das vertentes será a reforma da legislação, com sua simplificação para contratação por pequenas e médias empresas e a desburocratização das relações contratuais. Outra, conjugada à primeira, é o estímulo à formalização do mercado", diz o secretário do CDES, Tarso Genro.
O eixo da reforma deverá ser simplificar as contratações, com o estabelecimento de um "código mínimo" de direitos intocáveis. Fora deste "código", tudo poderia ser negociado.
O ministro admite que o governo poderia ter tido "mais ofensividade" na comunicação e que não conseguiu reverter a "temática dominante, neuroticamente reposta pela mídia, de que os servidores seriam os vilões".
"Perdemos a batalha da informação? Em parte sim. Quando o presidente fala que atacaremos privilégios, há um falso sentimento de que os servidores são privilegiados. Eles estão pensando que a reforma é para cortar seus direitos, o que não é verdade", afirma.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Reforma tributária: Nordeste apóia Lula e obtém compensações
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.