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Genro diz que governo "perdeu, em parte, batalha da informação"
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo avalia que está perdendo a batalha da comunicação
na questão da reforma da Previdência -principalmente para informar os servidores públicos- e
prepara-se para não repetir o erro
no que será seu próximo foco de
desgaste, a reforma trabalhista.
A principal medida proposta
deverá ser a redução dos custos de
contratação para pequenas e médias empresas, com flexibilização
de direitos e encargos.
O governo analisa como "vender" o projeto à sociedade e diminuir as resistências que certamente virão da base sindical. Uma
idéia é frisar que um modelo mais
flexível contribuiria para aumentar a formalização do mercado de
trabalho. A discussão deve começar na próxima semana, quando o
Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social (CDES).
"Uma das vertentes será a reforma da legislação, com sua simplificação para contratação por pequenas e médias empresas e a
desburocratização das relações
contratuais. Outra, conjugada à
primeira, é o estímulo à formalização do mercado", diz o secretário do CDES, Tarso Genro.
O eixo da reforma deverá ser
simplificar as contratações, com o
estabelecimento de um "código
mínimo" de direitos intocáveis.
Fora deste "código", tudo poderia
ser negociado.
O ministro admite que o governo poderia ter tido "mais ofensividade" na comunicação e que
não conseguiu reverter a "temática dominante, neuroticamente
reposta pela mídia, de que os servidores seriam os vilões".
"Perdemos a batalha da informação? Em parte sim. Quando o
presidente fala que atacaremos
privilégios, há um falso sentimento de que os servidores são privilegiados. Eles estão pensando que
a reforma é para cortar seus direitos, o que não é verdade", afirma.
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