São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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AGENDA NEGATIVA

Ministério diz que desconto dos dias parados depende de negociações

Diretor da PF pede nome de grevistas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, determinou que o setor de recursos humanos do órgão relacione os nomes dos funcionários que estão em greve, para que seja feito o desconto dos dias parados.
No ofício encaminhado aos diretores das superintendências da PF, Lacerda pede "a relação dos servidores que aderiram ao movimento grevista no período de 9 a 31 de março, para fins de desconto dos dias não trabalhados". A greve começou no dia 9 de março.
A lista dos manifestantes tem de ser entregue amanhã. Uma decisão da Justiça Federal de Brasília, apesar de afirmar que a greve é legal, permitiu que seja descontado os dias parados, caso os manifestantes não cumpram os serviços essenciais, não cessem a operação padrão nos aeroportos ou impeçam a atividade de quem não quer participar da greve.
O Ministério da Justiça, ao qual a PF é subordinada, informou que o corte de ponto ainda não é certo: dependerá da continuidade da paralisação e das negociações com os grevistas.
Em texto publicado no site da Fenapef (Federação Nacional da Polícia Federal), os grevistas afirmam que o governo quer "intimidar" o movimento. Mas alegam que a greve está dentro da lei e que têm mantido as exigências da Justiça Federal de Brasília.
No mês de março, em relação ao mesmo período de 2003, houve reduções nas apreensões de drogas (queda de 63%), nos inquéritos instaurados (54%), nos indiciamentos (58%) e na emissão de passaportes (12,5%).
Agentes, papiloscopistas e escrivães afirmam que deveriam receber salários de nível superior, em cumprimento a uma lei de 1996, mas têm vencimentos de nível médio. O ministério diz que os salários já foram adequados à lei, que o pedido é inconstitucional e que não há recursos para atender à categoria (aumento de 85% e gasto de R$ 600 milhões).
(LUIS RENATO STRAUSS)


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