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AGENDA NEGATIVA
Ministério diz que desconto dos dias parados depende de negociações
Diretor da PF pede nome de grevistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, determinou
que o setor de recursos humanos
do órgão relacione os nomes dos
funcionários que estão em greve,
para que seja feito o desconto dos
dias parados.
No ofício encaminhado aos diretores das superintendências da
PF, Lacerda pede "a relação dos
servidores que aderiram ao movimento grevista no período de 9 a
31 de março, para fins de desconto
dos dias não trabalhados". A greve começou no dia 9 de março.
A lista dos manifestantes tem de
ser entregue amanhã. Uma decisão da Justiça Federal de Brasília,
apesar de afirmar que a greve é legal, permitiu que seja descontado
os dias parados, caso os manifestantes não cumpram os serviços
essenciais, não cessem a operação
padrão nos aeroportos ou impeçam a atividade de quem não quer
participar da greve.
O Ministério da Justiça, ao qual
a PF é subordinada, informou que
o corte de ponto ainda não é certo:
dependerá da continuidade da
paralisação e das negociações
com os grevistas.
Em texto publicado no site da
Fenapef (Federação Nacional da
Polícia Federal), os grevistas afirmam que o governo quer "intimidar" o movimento. Mas alegam
que a greve está dentro da lei e que
têm mantido as exigências da Justiça Federal de Brasília.
No mês de março, em relação ao
mesmo período de 2003, houve
reduções nas apreensões de drogas (queda de 63%), nos inquéritos instaurados (54%), nos indiciamentos (58%) e na emissão de
passaportes (12,5%).
Agentes, papiloscopistas e escrivães afirmam que deveriam receber salários de nível superior, em
cumprimento a uma lei de 1996,
mas têm vencimentos de nível
médio. O ministério diz que os salários já foram adequados à lei,
que o pedido é inconstitucional e
que não há recursos para atender
à categoria (aumento de 85% e
gasto de R$ 600 milhões).
(LUIS RENATO STRAUSS)
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