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Participação de estrangeiros não é consenso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A quebra do monopólio
do Estado na construção e
operação de usinas nucleares divide o grupo que
define os próximos passos
do Programa Nuclear. A
retomada do programa, no
governo Lula, foi marcada
pela decisão de concluir a
construção de Angra 3.
O ministro Edison Lobão é o maior defensor da
quebra do monopólio,
proposta formalizada em
um projeto de emenda
constitucional do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), que ainda não passou
da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
"Quanto menos a União
gastar, melhor. Se a iniciativa privada participa de
hidrelétricas e termelétricas, não haverá razão para
impedir sua participação
na construção e operação
de usinas nucleares", afirmou Lobão.
O ministro disse ter sido
procurado por investidores estrangeiros interessados no setor. A multinacional francesa Areva, que
tem controle estatal, é a
mais forte interessada na
abertura do mercado.
A ideia não conta com o
aval do ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende. Procurado pela
Folha, ele optou por não
se manifestar.
No ano passado, foi retirada de pauta no Congresso uma segunda proposta
de emenda constitucional,
que abria à iniciativa privada a exploração das reservas brasileiras de urânio. A justificativa foi a
queda do preço internacional, que teria arrefecido
o interesse de investidores. Atualmente, a participação da iniciativa privada
é admitida em parceria
com o Estado.
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