São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009

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Participação de estrangeiros não é consenso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A quebra do monopólio do Estado na construção e operação de usinas nucleares divide o grupo que define os próximos passos do Programa Nuclear. A retomada do programa, no governo Lula, foi marcada pela decisão de concluir a construção de Angra 3.
O ministro Edison Lobão é o maior defensor da quebra do monopólio, proposta formalizada em um projeto de emenda constitucional do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), que ainda não passou da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
"Quanto menos a União gastar, melhor. Se a iniciativa privada participa de hidrelétricas e termelétricas, não haverá razão para impedir sua participação na construção e operação de usinas nucleares", afirmou Lobão.
O ministro disse ter sido procurado por investidores estrangeiros interessados no setor. A multinacional francesa Areva, que tem controle estatal, é a mais forte interessada na abertura do mercado.
A ideia não conta com o aval do ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Procurado pela Folha, ele optou por não se manifestar.
No ano passado, foi retirada de pauta no Congresso uma segunda proposta de emenda constitucional, que abria à iniciativa privada a exploração das reservas brasileiras de urânio. A justificativa foi a queda do preço internacional, que teria arrefecido o interesse de investidores. Atualmente, a participação da iniciativa privada é admitida em parceria com o Estado.


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