São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2010

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Falta de vaga em creche atrapalha beneficiárias

DO ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ

Além de superar a barreira da baixa escolaridade, beneficiários do Bolsa Família, a maioria mulheres, têm de vencer o preconceito e a falta de vagas em creches para entrar no mercado de trabalho.
Cléia Taís de Brito, 32, conseguiu superar esses obstáculos e passou a trabalhar como garçonete em janeiro, após ter feito um curso de capacitação em Maceió.
Ela vive com os três filhos, dois sobrinhos, a irmã, e a mãe. Antes do emprego -no qual recebe um salário mínimo-, a família dependia de R$ 450 da pensão da mãe e R$ 224 do Bolsa Família, dela e da irmã. Só de aluguel são gastos R$ 400.
A família ainda passa por dificuldades, e na esperança de conseguir um emprego melhor, Cléia se matriculou no curso de recepcionista.
Também mães de três filhos, Adriana Silva, 25, fez curso de camareira. Chegou a ser chamada para estagiar num hotel no turno da noite, mas recusou, pois não tinha com quem deixar as crianças no horário noturno.
Enquanto uma nova oportunidade não chega, ela vive de faxinas esporádicas ou do trabalho do marido catando sururu na lagoa Mandaú.
Também é preciso vencer preconceitos. Janaína Ferraz, 23, fez curso para atuar como frentista. Levou o currículo a 30 postos de gasolina, mas nunca foi chamada.


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