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foco
Falta de vaga em creche atrapalha beneficiárias
DO ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ
Além de superar a barreira
da baixa escolaridade, beneficiários do Bolsa Família, a
maioria mulheres, têm de
vencer o preconceito e a falta
de vagas em creches para entrar no mercado de trabalho.
Cléia Taís de Brito, 32,
conseguiu superar esses obstáculos e passou a trabalhar
como garçonete em janeiro,
após ter feito um curso de capacitação em Maceió.
Ela vive com os três filhos,
dois sobrinhos, a irmã, e a
mãe. Antes do emprego -no
qual recebe um salário mínimo-, a família dependia de
R$ 450 da pensão da mãe e
R$ 224 do Bolsa Família, dela e da irmã. Só de aluguel são
gastos R$ 400.
A família ainda passa por
dificuldades, e na esperança
de conseguir um emprego
melhor, Cléia se matriculou
no curso de recepcionista.
Também mães de três filhos, Adriana Silva, 25, fez
curso de camareira. Chegou
a ser chamada para estagiar
num hotel no turno da noite,
mas recusou, pois não tinha
com quem deixar as crianças
no horário noturno.
Enquanto uma nova oportunidade não chega, ela vive
de faxinas esporádicas ou do
trabalho do marido catando
sururu na lagoa Mandaú.
Também é preciso vencer
preconceitos. Janaína Ferraz, 23, fez curso para atuar
como frentista. Levou o currículo a 30 postos de gasolina, mas nunca foi chamada.
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