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SAIBA MAIS
Jornalista só foi expulso durante o regime militar
DA REDAÇÃO
O único caso conhecido de
um jornalista expulso do país
ocorreu em 1970. Em 7 de dezembro daquele ano, o embaixador suíço Giovanni Enrico
Bucher foi seqüestrado pela
VPR (Vanguarda Popular Revolucionário), grupo armado
que combatia o regime militar.
A VPR entregou ao jornalista
francês François Pelou, chefe
do escritório da France Presse
no Rio, a lista de prisioneiros
que o governo deveria libertar
em troca da soltura do embaixador. Pelou entregou a lista ao
embaixador francês, mas tirou
fotocópias da lista e a enviou ao
exterior. O governo o expulsou.
O maior alvo do regime, porém, foram os religiosos. Em
1966, foi expulso o pastor norte-americano Brady Tyson,
acusado de criticar o governo.
Em 1968, o padre francês Pierre
Wauthier foi deportado sob
acusação de liderar uma greve
em Osasco (SP). Em 1969, o
belga Jan Honoré Talpe foi expulso pelo mesmo motivo. Em
1971, o governo Emílio Médici
expulsou o padre italiano Jose
Pedandola. O governo Ernesto
Geisel expulsou o francês Francisco Jentel, em 1975, o italiano
Giuseppe Fontanella, em 1976,
e o missionário norte-americano Thomas Capuano, em 1977.
Mas o caso mais famoso foi o
do padre italiano Vito Miracapillo, expulso em 1980 por sua
recusa em celebrar uma missa
comemorativa da Independência do Brasil em Ribeirão (PE),
por não acreditar que o povo
brasileiro fosse realmente independente. Em 1981, os padres
franceses Aristides Camio e
François Gouriou foram presos, mas o vice-presidente Aureliano Chaves, que ocupava
interinamente a Presidência,
recusou-se a expulsá-los.
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