São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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Falta de verba limita a ação militar, diz Viegas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Viegas (Defesa) criticou ontem a "carência de recursos", as "limitações" de pessoal e os "limites estreitos" que, segundo ele, impedem que as Forças Armadas desempenhem todas as suas funções. Disse ainda que são "justas" as reivindicações por reajuste salarial dos militares.
"Trabalhamos com limites orçamentários que impedem o uso das Forças Armadas para desempenhar todas as suas funções", disse, em audiência na Câmara.
Em 2004, dos R$ 28 bilhões disponíveis no orçamento das Forças Armadas, só R$ 4 bilhões são para investimento. O resto vai para folha de pagamento e pessoal.
Sobre o reajuste aos militares, disse trabalhar numa interlocução entre o Planalto e os oficiais. "É uma questão de meses para decidirmos isso... Não sou Deus, nem o Todo-Poderoso, mas farei com todo o meu empenho".
Sobre a compra de novos caças para a FAB (Força Aérea Brasileira), Viegas disse que o processo de aquisição "está em fase conclusiva". O ministro ainda criticou a cobertura da imprensa sobre a compra (o negócio custará em torno de US$ 700 milhões).
Viegas também foi questionado sobre um contrato sem licitação assinado em 2003 pela pasta com a Fundação Getúlio Vargas no valor de R$ 1,28 milhão. O projeto, de "reengenharia de gestão das Forças Armadas", é coordenado por Antônio Bogado, amigo de Viegas. "O ministério não contratou a pessoa física do Antônio Bogado, e sim a Fundação Getúlio Vargas. Tudo com respaldo técnico e jurídico." Ele negou que a servidora Íris Maciel de Lima atue exclusivamente para acompanhar sua mulher, Erika Viegas.


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