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Falta de verba limita a
ação militar, diz Viegas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Viegas (Defesa)
criticou ontem a "carência de recursos", as "limitações" de pessoal e os "limites estreitos" que,
segundo ele, impedem que as Forças Armadas desempenhem todas as suas funções. Disse ainda
que são "justas" as reivindicações
por reajuste salarial dos militares.
"Trabalhamos com limites orçamentários que impedem o uso
das Forças Armadas para desempenhar todas as suas funções",
disse, em audiência na Câmara.
Em 2004, dos R$ 28 bilhões disponíveis no orçamento das Forças Armadas, só R$ 4 bilhões são
para investimento. O resto vai para folha de pagamento e pessoal.
Sobre o reajuste aos militares,
disse trabalhar numa interlocução entre o Planalto e os oficiais.
"É uma questão de meses para decidirmos isso... Não sou Deus,
nem o Todo-Poderoso, mas farei
com todo o meu empenho".
Sobre a compra de novos caças
para a FAB (Força Aérea Brasileira), Viegas disse que o processo
de aquisição "está em fase conclusiva". O ministro ainda criticou a
cobertura da imprensa sobre a
compra (o negócio custará em
torno de US$ 700 milhões).
Viegas também foi questionado
sobre um contrato sem licitação
assinado em 2003 pela pasta com
a Fundação Getúlio Vargas no valor de R$ 1,28 milhão. O projeto,
de "reengenharia de gestão das
Forças Armadas", é coordenado
por Antônio Bogado, amigo de
Viegas. "O ministério não contratou a pessoa física do Antônio Bogado, e sim a Fundação Getúlio
Vargas. Tudo com respaldo técnico e jurídico." Ele negou que a servidora Íris Maciel de Lima atue
exclusivamente para acompanhar
sua mulher, Erika Viegas.
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