São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Por dentro de tudo
A preocupação do governo com o "vazador" José
Aparecido Nunes Pires não se restringe às revelações
que o funcionário possa vir a fazer, se contrariado, sobre a cadeia de comando que resultou no dossiê de
gastos de Fernando Henrique e Ruth Cardoso. No preço. No Planalto, já se ouve a avaliação de que, ainda que José Aparecido não surte na CPI, será difícil salvar o braço direito de Dilma Rousseff, Erenice Guerra. Esquisitão. Finda a era Dirceu, José Aparecido "foi ficando", mas as desavenças com a tropa de Dilma vêm de longe. Um palaciano define seu estilo como "conspirativo". Fator Ciro 1. Aécio Neves sem dúvida estimulou Geraldo Alckmin. Hoje, porém, o presidenciável "estrangeiro" mais atuante na pré-campanha paulistana é Ciro Gomes. Com uma mão, ele trabalha para que as siglas do "bloquinho" (união do PSB do deputado com o PC do B e o PDT) resistam ao assédio de Marta Suplicy e lancem candidato, o que lhe daria visibilidade. Fator Ciro 2. Com a outra, estimula o PTB, seu apoiador em 2002, a fechar com Alckmin, garantindo ao tucano um tempo de TV competitivo. Para Ciro, a vitória do ex-governador seria o melhor resultado -aquele que simultaneamente fragilizaria José Serra e brecaria o arranque do PT para 2010. Alckmin sabe disso e não perde Ciro de vista. Linha direta. Ciro tem conversado com Campos Machado. O deputado, um dos operadores em SP de sua última campanha presidencial, é quem baterá o martelo sobre a coligação com o PSDB. Veja bem. A resistência do pré-candidato Aldo Rebelo a uma composição do "bloquinho" em torno de Marta não é consenso no PC do B. Entre os correligionários de Aldo e líderes do PSB e do PDT, há quem pondere que, com a ida do PR para o barco de Gilberto Kassab (DEM), se o "bloquinho" negar apoio a Marta estará decretando, na prática, o isolamento da ex-prefeita. Fora do ar. A Justiça Eleitoral do Ceará mandou suspender a propaganda partidária do PT. O TRE avaliou que Luizianne Lins, candidata à reeleição, usou as inserções para fazer campanha fora de época e "promoção pessoal". Desenho. Luizianne, que em 2004 se elegeu contra tudo e todos em Fortaleza, terá agora a apoiá-la um guarda-chuva que inclui do PMDB ao nanico PHS (este de Tin Gomes, primo do governador Cid). Patricia Saboya (PDT) vai com o PSDB. Moroni Torgan (DEM) fechou com o PP. Palanque. Fernando Collor vai tirar outra licença do Senado em setembro, desta vez para fazer campanha em Alagoas. Em Maceió, seu PTB deverá apoiar a reeleição do prefeito Cícero Almeida (PP). Saldo. A Alstom, derrotada em fevereiro numa licitação para a venda de 17 trens ao Metrô de São Paulo, venceu porém uma outra, para a mudança do sistema operacional. A empresa francesa é investigada por suspeita de ter pago propina a autoridades brasileiras para obter contratos do Metrô entre 1995 e 2003. Outro lado. O secretário dos Transportes de SP, Mauro Arce, diz que a suspensão de 16 licitações de sua pasta pelo TCE não vai atrapalhar o cronograma do Pró-Vicinais. Segundo ele, a medida atingiu seis das mais de 350 obras em estradas vicinais do Estado. Tiroteio Acho que o Paulinho confundiu a defesa do proletariado com a defesa de sua prole. Do deputado CHICO ALENCAR (PSOL-RJ) sobre o repasse de R$ 1,2 mi do BNDES à ONG Meu Guri, comandada por Elza de Fátima, mulher do presidente da Força Sindical e deputado pelo PDT paulista. Contraponto Ira divina
No início dos anos 60, quando era governador, Juracy
Magalhães liberou o jogo do bicho na Bahia, sob condição
de que a renda fosse destinada a entidades assistenciais. |
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