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Por anistia, AIB aceita não doar mais a políticos
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público de São
Paulo e a AIB (Associação Imobiliária Brasileira) assinaram
ontem um TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta) que,
na prática, veda à entidade a
doação financeira a candidatos
e a seus partidos.
Em troca, a AIB, associação
ligada ao Secovi-SP (sindicato
das imobiliárias de São Paulo),
recebeu do promotor Maurício
Antônio Ribeiro Lopes, da 1ª
Zona Eleitoral, a garantia de
que não será punida por supostas irregularidades cometidas
em eleições anteriores.
A entidade integra a lista do
TSE de suspeitos de financiamento ilegal de campanha. A lei
proíbe sindicatos de contribuírem com candidatos e partidos.
Ambos negam irregularidades.
Conforme revelou a Folha, a
AIB doou R$ 6,5 milhões nas
eleições do ano passado.
"Não vou dizer se essas doações eram regulares ou irregulares. Eram passíveis de um
exame na Justiça Eleitoral, que
seria longo", disse Lopes.
Se quebrar o acordo, a AIB
terá de pagar multa correspondente a dez vezes o valor da infração ao Fundo de Reparação
de Interesses Difusos e Coletivos, administrado pela Procuradoria. Caso o processo fosse
instaurado e a entidade, condenada, a multa seria destinada
ao Fundo Partidário.
Segundo Lopes, o TAC não
beneficia os políticos que receberam doações da AIB. Em São
Paulo, por exemplo, foram 27
vereadores e comitês financeiros como o do DEM, da campanha de reeleição do prefeito
Gilberto Kassab.
Lopes afirmou ontem que
denunciou o vereador Arselino
Tatto (PT), ex-presidente da
Câmara de São Paulo, à Justiça.
Ele é acusado de "crime eleitoral por uso de documentos falsos". No caso, notas frias. O petista nega e diz que suas contas
já haviam sido aprovadas.
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