São Paulo, terça-feira, 12 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmara banca 8 voos de investigado pela PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara bancou oito voos para Marco Antônio Bogea, colaborador do empresário Fernando Sarney, segundo reportagem publicada ontem no site Congresso em Foco.
As viagens foram realizadas com a cota de passagens do deputado federal Sarney Filho (PV-MA), irmão do empresário, e de outros três deputados entre julho de 2007 e de 2008.
Em outubro de 2008, a Folha revelou que Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), era investigado pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica.
A operação investiga suposto tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia, na Eletrobrás, na Eletronorte, na Valec (estatal do Ministério dos Transportes responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul) e na Caixa Econômica Federal, para favorecer negócios privados. Fernando Sarney nega todas as acusações.
Segundo o site, Bogea também é acusado de participar do esquema e foi vigiado pela PF quando levou uma mala de Brasília para São Paulo a pedido de Fernando Sarney, num voo que teria sido pago pela Câmara.
Pelos registros da companhia aérea obtidos pelo site, o colaborador do empresário voou cinco vezes de Brasília a São Paulo na cota de Sarney Filho.
Ao site o líder do PV informou que cedeu passagens a Bogea porque os dois são amigos de infância em São Luís e que, na ocasião da emissão das passagens, ele estava passando por um momento difícil, tratando de um câncer em São Paulo.
Bogea, segundo a polícia, atuava em Brasília como motorista de Fernando Sarney e também foi funcionário terceirizado na função de assistente de produção da TV Senado entre os dias 16 de junho de 2004 e 13 de junho de 2007.
O colaborador do empresário maranhense não quis se manifestar. Fernando Sarney disse à Folha que Bogea depôs sobre a viagem em que foi vigiado pela PF e afirmou ter comprado a passagem numa agência de viagem. Segundo Sarney, Bogea não sabia que a passagem tinha como origem a cota do deputado Carlos Abicalil (PT-MT).

Colaborou a Sucursal do Rio



Texto Anterior: Câmara tenta achar novo relator para caso Edmar
Próximo Texto: PF agora deve investigar farra da passagens
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.