São Paulo, terça, 12 de maio de 1998

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NO AR
Agora, vagabundos

NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

- Em tom de campanha.
Foi assim que o âncora Boris Casoy, da Record, descreveu a falação especialmente eleitoral de FHC, ontem.
O presidente estava no Rio, segundo a Globo para conversar sobre a campanha estadual. Estava como candidato e como articulador, antes papel de Sérgio Motta.
Falou do Brasil a caminho do século 21 -o eco do bordão da reeleição de Clinton. Falou das reformas como "utopia viável" -expressão cunhada para instigar a polêmica de sempre.
E falou diretamente aos eleitores "pobres e miseráveis", no Jornal Nacional e demais, contra os que se aposentam antes dos 50 anos:
- Vagabundos num país de pobres e miseráveis.
FHC aprendeu com o Lula dos "picaretas" e com o Collor dos "marajás".

O "tom de campanha" está por todo lado, na TV.
Para governador, se não é Paulo Maluf é Mário Covas ou Orestes Quércia ou Pedro Dallari, diariamente.
(Até para deputado do PFL, se não é Moreira Ferreira é Luiz Antônio de Medeiros. O primeiro, na propaganda da Fiesp. O segundo, em novas propagandas de "cursos" da Força Sindical.)
A Justiça Eleitoral, se age, não se nota. Proibiu Orestes Quércia, mas lá estava ele, de novo, ontem.
Certo está Mário Covas, que reclamava ontem que este ano a campanha está mais para advogados do que para políticos -ou ideais.

O presidente do TSE foi questionado ontem sobre o programa de Paulo Maluf, na semana passada -e ontem outra vez, repetido agora em cadeia estadual.
Respondeu que nada pode fazer além de multar. Multa que considera alta, mas que, admitiu, talvez o candidato não pense assim.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br



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