São Paulo, terça, 12 de maio de 1998

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SUCESSÃO
Ex-prefeito do Rio, líder na pesquisa Datafolha, ataca Alencar apesar de negociações entre os dois partidos
Cesar Maia descarta aliança com o PSDB

Patrícia Santos - 07.out.96/Folha Imagem
O ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, que atacou Marcello Alencar


FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Sucursal do Rio

O ex-prefeito Cesar Maia, candidato do PFL ao governo do Rio, atacou ontem o governador Marcello Alencar (PSDB) e disse que não tem interesse na aliança com os tucanos, embora o acordo esteja sendo articulado pelos partidos.
"Para mim, essa aliança é descartada. Para eles, não. A aliança só me prejudica porque o governo Marcello Alencar é um dos maiores desastres da história da administração pública", disse.
"Eu sou um político independente, não sou suscetível a apelos", afirmou. O ex-prefeito aparece à frente da última pesquisa de intenção de voto do Datafolha, em empate técnico (32% a 30%) com o pedetista Anthony Garotinho.
Alencar -que estava em terceiro, com 19%- decidiu não disputar a reeleição e lançou seu vice, Luiz Paulo Corrêa da Rocha.
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, passou o fim-de-semana no Rio conversando com políticos do PSDB para uma aliança. Um interessado é o deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB), virtual candidato ao Senado. Bornhausen se encontraria com Alencar, o que não ocorreu porque os aliados do governador insistiram para que Maia retirasse a candidatura.
"A candidatura de Cesar Maia é definida, definitiva e inarredável. Temos expectativa de vitória e, com todo o respeito pelo PSDB, entendemos que o nosso candidato é melhor", disse Bornhausen.
Caso se confirme a expectativa sobre os baixos índices de Rocha, há um outro caminho: a retirada da sua candidatura, com o apoio do PSDB a Cesar Maia.
Outra possibilidade é um acordo entre lideranças. A coligação PFL-PPB pode não lançar candidato ao Senado. "A questão do Senado é com o PPB. Se amanhã o PPB entender uma coisa ou outra, o problema é do PPB, mas acho que eles não vão abrir mão. Mas, se o Ronaldo Cezar Coelho estivesse no PFL, seria ótimo", disse. Esforço
Da greve de fome à caravana, passando por mala direta para os delegados do Encontro Nacional do PT, os aliados de Vladimir Palmeira prometem não medir esforços para manter sua candidatura ao governo do Rio.
No último sábado, o Diretório Nacional do PT decidiu pela retirada da candidatura e pelo apoio a Anthony Garotinho (PDT). Palmeira recorreu, e o recurso será analisado no Encontro Nacional do PT, em 23 e 24 de maio.



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