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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003
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PT SOB PRESSÃO Servidores fazem primeiro grande protesto contra Lula
O governo Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou ontem a primeira grande manifestação pública contra a sua proposta de reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Cerca de 30 mil manifestantes fizeram marcha até a frente do Palácio do Planalto, em Brasília, vaiaram lideranças do PT e da CUT e desencadearam uma ameaça de greve geral contra a administração daquele que ainda é seu principal líder político. A maioria dos manifestantes era ligada ao funcionalismo público. Eles rejeitam a criação da contribuição previdenciária para os servidores inativos, contestam o estabelecimento de um teto de R$ 2.400 para os benefícios e o aumento da idade mínima para a aposentadoria. O protesto foi organizado por sindicatos de servidores públicos filiados à CUT, que apoiou a eleição de Lula. Ao menos 26 deputados e uma senadora do PT contrariaram determinação do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e participaram da manifestação. Lula pediu retaliações aos petistas que protestaram. "Quem é dissidente é dissidente. Quem é companheiro é companheiro", afirmou a Dirceu. O presidente foi criticado em faixas: "Fora Lula, traidor dos servidores", dizia uma delas. Ao tentar discursar, o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), foi chamado de "pelego" e alvejado por bolas de papel e copos de plástico. Heloísa Helena (AL), que atribuiu a proposta de reforma aos "gigolôs do FMI", foi a mais aplaudida. O presidente nacional do PT, José Genoino, disse que a palavra de ordem é "segurar o tranco". "Nosso governo respeita os servidores públicos, mas não governa para eles", disse. Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Reforma previdenciária é maior alvo Índice |
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