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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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CÂMARA

Base aliada de Lula admite desarticulação

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A liderança do governo e do PT na Câmara chegou ontem à conclusão de que há falhas na articulação da base de sustentação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso teria provocado desencontros no Legislativo.
"Não há dúvida de que está faltando articulação política na base aliada e de que precisamos corrigir isso", afirmou o deputado Nelson Pellegrino (BA), líder da bancada do PT na Câmara.
Numa reunião ontem entre Pellegrino, o líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), e dois importantes membros da articulação governista, os deputados Professor Luizinho (PT-SP) e Paulo Rocha (PT-PA), ficou definido que esse será o tema central da reunião de hoje entre Aldo e líderes da base aliada.
Pelo menos cinco exemplos nos últimos dias motivaram a avaliação. O primeiro foi a aprovação do requerimento do PSDB convidando o vice-presidente José Alencar a ir ao Congresso explicar as críticas que vem fazendo à política de juros.
Outra falha se deu quando o governo não conseguiu reunir quórum para segurar a sessão que analisava o projeto de lei do aumento funcionalismo.
Além disso, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), não se opôs à instalação da CPI do Banestado e determinou, sem o conhecimento de Pellegrino, a criação da comissão especial para analisar a reforma da Previdência.
Os líderes avaliam que a gota d'água ocorreu ontem. A Comissão de Economia da Câmara aprovou o projeto que tira da Caixa Econômica Federal a exclusividade para a operação de penhora. "A comissão aprovou um projeto que legaliza a agiotagem. É inadmissível", afirmou Pellegrino.


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