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CÂMARA
Base aliada de Lula admite desarticulação
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A liderança do governo e do PT
na Câmara chegou ontem à conclusão de que há falhas na articulação da base de sustentação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso teria provocado
desencontros no Legislativo.
"Não há dúvida de que está faltando articulação política na base
aliada e de que precisamos corrigir isso", afirmou o deputado Nelson Pellegrino (BA), líder da bancada do PT na Câmara.
Numa reunião ontem entre Pellegrino, o líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC
do B-SP), e dois importantes
membros da articulação governista, os deputados Professor Luizinho (PT-SP) e Paulo Rocha (PT-PA), ficou definido que esse será o
tema central da reunião de hoje
entre Aldo e líderes da base aliada.
Pelo menos cinco exemplos nos
últimos dias motivaram a avaliação. O primeiro foi a aprovação
do requerimento do PSDB convidando o vice-presidente José
Alencar a ir ao Congresso explicar
as críticas que vem fazendo à política de juros.
Outra falha se deu quando o governo não conseguiu reunir quórum para segurar a sessão que
analisava o projeto de lei do aumento funcionalismo.
Além disso, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP),
não se opôs à instalação da CPI do
Banestado e determinou, sem o
conhecimento de Pellegrino, a
criação da comissão especial para
analisar a reforma da Previdência.
Os líderes avaliam que a gota
d'água ocorreu ontem. A Comissão de Economia da Câmara
aprovou o projeto que tira da Caixa Econômica Federal a exclusividade para a operação de penhora.
"A comissão aprovou um projeto
que legaliza a agiotagem. É inadmissível", afirmou Pellegrino.
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