da Reportagem Local

Primeiro nome a assumir a candidatura à prefeitura paulistana, a petista Marta Suplicy já tem uma pequena equipe de campanha e identifica em Luiza Erundina (PSB) sua principal adversária.
"A Luiza tem direito de ser candidata, mas eu ganho dela. Muitos petistas têm raiva dela, mas eu até a defendo", declara Marta. Para justificar o otimismo sobre o resultado do confronto com sua ex-companheira de partido, a petista lista vários argumentos.
"O PSB é pequeno em São Paulo, eu entro na classe média e vamos dividir a base popular, que é mais do PT do que da Luiza", diz Marta.
A semelhança de perfis com Erundina é rechaçada por Marta principalmente quando se antevê uma corrida pelo voto feminino. "Essa base da mulher é minha depois de um trabalho de anos", reivindica. "Aí não tem disputa nenhuma", acha.
Fato quase inédito no PT, Marta deve ser a candidata consensual do partido. Depois do bom desempenho na eleição estadual de 98 (quase tirou de Mário Covas uma vaga no segundo turno contra Paulo Maluf), Marta não sofre restrições nem da "esquerda" petista.
Nos próximos dias, Marta vai ganhar mais um instrumento de campanha. O PT paulistano acaba de criar o Instituto Florestan Fernandes, que será encarregado de pensar soluções para a cidade e terá a petista como presidente.
Luiz Inácio Lula da Silva acha indispensável um bom resultado eleitoral na capital paulista para "calçar" qualquer candidatura do PT na próxima eleição presidencial. (CARLOS EDUARDO ALVES)

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