|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Equipe econômica também vai subir em palanques
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nem a equipe econômica irá
escapar da temporada de campanha eleitoral aberta ontem
após a reunião ministerial com
presidente Lula. O clima de engajamento total no projeto de
reeleição parece ter feito sucumbir a idéia de deixar os ministros da área econômica o
mais distante possível dos palanques e discursos políticos
para não correr o risco de eventos eleitorais contaminarem a
economia nos próximos meses.
Segundo assessores próximos, Lula havia sido convencido por uma corrente dentro do
governo de que a participação
na campanha da equipe econômica deveria ser a mínima possível. Isso não impediria, por
exemplo, que os ministros comentassem publicamente os
indicadores econômicos. Eles,
porém, não deveriam se envolver diretamente na campanha.
No entanto, segundo a Folha
apurou, o clima ontem na reunião foi de engajamento pleno.
O próprio ministro Mantega
disse que subiria no palanque
do presidente. "Fora do meu
horário de trabalho não tem
problema algum."
O problema aí é definir qual é
o horário de trabalho. O próprio ministro admitiu que trabalha mais de 14 horas por dia.
Também, na avaliação de um
assessor próximo do presidente, fica difícil dissociar a imagem do ministro da do cabo
eleitoral e, no caso da economia, isso pode ser perigoso.
A preocupação com a participação da equipe econômica na
campanha foi reforçada nas últimas semana após Mantega
ser tachado de cabo eleitoral
por causa de duas entrevistas
em que divulgou dados sobre
investimentos públicos e sobre
o mercado de crédito.
O receio de parte do governo
é comprometer a credibilidade
da equipe econômica e, com isso, a divulgação dos indicadores econômicos, principal bandeira da campanha.
Texto Anterior: Conduta eleitoral Próximo Texto: Eleições 2006/Presidência: Burocracia retarda arrecadação de verba para as campanhas Índice
|